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Diante de mais de 50 mil, São Paulo goleia a Ponte na estreia de Ceni no Morumbi

Muita posse de bola, quase 70% no primeiro tempo, mas poucas finalizações. A melhor chance do São Paulo foi aos 14 minutos, quando Cueva saiu na cara do goleiro Aranha

Redação Folha Vitória

 A vitória do São Paulo sobre a Ponte Preta por 5 a 2, neste domingo, foi uma tarde perfeita para mais de 50 mil pessoas que foram ao Morumbi ver a estreia de Rogério Ceni como treinador em casa. A equipe teve uma bela exibição e mostrou força para virar o jogo e golear um dos rivais mais fortes do interior, recuperando-se da derrota para o Audax na primeira rodada do Campeonato Paulista. O atacante Gilberto fez três gols e Cueva teve grande atuação.

Antes da partida, o São Paulo apresentou oficialmente dois novos reforços: o volante Jucilei, que estava no Shandong Luneng, e o atacante Lucas Pratto, ex-Atlético Mineiro. Os dois foram até o centro do gramado e acenaram para os torcedores. A comemoração foi ainda maior quando Rogério Ceni entrou no gramado do Morumbi como pela primeira vez como treinador.

O jogo foi quente e pegado desde o início. Quente e pegado quer dizer que as faltas não foram leves, apenas para impedir o avanço do adversário. Foram divididas pesadas. Pottker pegou Junior Tavares; Cícero levou cartão amarelo por matar um contra-ataque da Ponte. O São Paulo apertou a saída de bola e teve uma atuação intensa. O único espaço que o time encontrou, no entanto, foi pelos lados do campo e, por isso, os laterais Bruno e Junior Tavares avançaram simultaneamente.

Muita posse de bola, quase 70% no primeiro tempo, mas poucas finalizações. A melhor chance do São Paulo foi aos 14 minutos, quando Cueva saiu na cara do goleiro Aranha, mas não conseguiu desviar. A principal diferença em relação ao ano passado foi a velocidade na troca de passes. Nos últimos anos, o torcedor se acostumou a ver os jogadores atuando parados.

Neste domingo, todo mundo corria para criar opções de jogada. Foi um time vivo e dinâmico. Essa mudança de postura fez com que a torcida tivesse boa vontade com os erros e as dificuldades. Até certa comunhão. A torcida vibrava até quando ele corria atrás da bola para fazer o papel de gandula e não deixar o time perder o ritmo no ataque.

A Ponte adotou a estratégia de recuar, marcar atrás da linha da bola, e esperar o contra-ataque. O time se fez de morto, com diz a gíria. Na primeira finalização, a proposta de marcar no seu campo para aproveitar o erro do rival deu certo. O São Paulo se atrapalhou na saída de bola, a Ponte recuperou e a bola sobrou para Mateus Jesus, que acertou um belo chute de fora da área. Chute defensável que o goleiro Sidão deixou passar. Silêncio no Morumbi.

O goleiro conseguiu se recuperar em uma jogada parecida. Aos 26, Sidão defendeu um chute de primeira do ex-corintiano Lucca. Defesa difícil após outro contra-ataque de Campinas. O técnico Rogério Ceni pediu que Cueva e Lucca invertessem o posicionamento. No primeiro lance após a troca, Gilberto invadiu a área pela esquerda e chutou cruzado. No rebote de Aranha, Cueva empatou.

O gol de empate foi a senha para o São Paulo buscasse a virada ainda no primeiro tempo. Novamente, Cueva foi protagonista. Ele deu um passe perfeito, de "sinuca", para Gilberto fazer o segundo gol. Na comemoração, muita vibração de um centroavante que ainda não conseguiu se firmar e será reserva do badalado de Lucas Pratto.

No segundo tempo, a Ponte avançou as linhas de defesa e tentou incomodar o rival para buscar o empate. Avançou, mas deu espaços. Foi aí que o São Paulo construiu a goleada. O terceiro tento saiu de uma grande jogada individual de Bruno, que driblou dois jogadores, mas perdeu a bola. Fábio Ferreira afastou mal, e Thiago Mendes chutou colocado no canto direito de Aranha. Foi um golaço.

O quarto tento foi de Gilberto, após grande jogada de Luiz Araújo. A Ponte jogou a toalha e, aos 15 minutos do segundo tempo, começaram os gritos de "olé". Após cobrança de escanteio, Gilberto marcou mais um e fez o dia de festa para os são-paulinos.

O resultado fez o São Paulo somar os seus três primeiros pontos no Grupo B do Paulistão, assim como foi importante para a equipe ganhar moral antes do clássico desta quarta-feira, às 21h45, na Vila Belmiro, pela terceira rodada da competição. Já a Ponte Preta, que estacionou nos três pontos no Grupo D, buscará a reabilitação contra o Botafogo, também na quarta, às 19h30, no Santa Cruz, em Ribeirão Preto.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 5 X 2 PONTE PRETA

SÃO PAULO - Sidão; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Junior Tavares; João Schmidt, Thiago Mendes (Araruna) e Cícero (Lugano); Cueva (Shaylon), Gilberto e Luiz Araújo. Técnico: Rogério Ceni.

PONTE PRETA - Aranha; Nino, Kadu, Fábio Ferreira e Jeferson (Artur); Naldo, Jádson e Matheus Jesus (Yago); Pottker, Clayson (Lins) e Lucca. Técnico: Felipe Moreira.

GOLS - Mateus, aos 22, Cueva, aos 32, e Gilberto, aos 43 minutos do primeiro tempo; Thiago Mendes, aos 11, Gilberto, aos 12 e aos 24, e Lucca, aos 38 do segundo.

ÁRBITRO - Thiago Duarte Peixoto.

CARTÕES AMARELOS - Cícero, Jeferson, Kadu e Nino Paraíba.

PÚBLICO - 50.952 pagantes.

RENDA - R$ 1.312.376,00,00.

LOCAL - Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP).

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