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Motorista embriagado que atropelou advogada é condenado à prisão no ES

Karina Vaillant Farias, de 27 anos, foi atingida por carro quando fazia caminhada com um grupo de atletas no Sul do Espírito Santo

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

O motorista que atropelou a advogada Karina Vaillant Farias, de 27 anos, e confessou ter ingerido bebida alcoólica foi condenado a 7 anos de prisão em regime fechado. O atropelamento aconteceu em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do Espírito Santo, no dia 18 de dezembro de 2022.

A advogada foi atropelada no momento em que participava de uma caminhada com um grupo de atletas na altura do bairro conhecido como Tijuca, na BR-482, no sentido Cachoeiro x Marataízes. 

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O motorista, Gilmar Almeida dos Anjos, estava com o carro em alta velocidade e invadiu, na contramão, o acostamento onde a atleta fazia a prova.

Karina teve traumatismo craniano, fratura exposta da perna direita, fratura no tórax e nas costas. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). 

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Segundo o processo judicial, os policiais conseguiram localizar o veículo, que estava com marcas de sangue. Ao ser abordado, o motorista, que apresentava sinal de embriaguez, confessou o atropelamento. Ele está preso desde então no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim.

Foto: Acervo pessoal
Karina Vaillant passou por várias cirurgias

O juiz do caso, Bernardo Fajardo Lima, narrou que os depoimentos das testemunhas, a confissão do acusado e as demais provas comprovam a autoria do crime e são suficientes para responsabilizar o réu. 

"Sensação de que a justiça está sendo feita", diz advogada 

Em entrevista ao Folha Vitória, a advogada Karina Vaillant Farias narrou que, com a sentença, fica a sensação de que a justiça está sendo feita. 

"Por mais tempo que ele vá ficar ou não preso será indiferente para a minha melhora. Infelizmente, o estrago que essa pessoa causou na minha vida foram muito maiores do que as pessoas conseguem enxergar", descreve a advogada. 

Ela desabafa que a sentença não vai reparar sua saúde física e mental, mas o culpado deve arcar com as consequências do ato. “Desejo que ele permaneça lá (na prisão) por muito tempo”, disse.

À reportagem, a advogada corredora revelou que ainda se encontra em recuperação: “Ainda sofro de dores intensas, meu psicológico está abalado diante de tudo que vivenciei”. 

Para conseguir se recuperar e voltar a andar, a advogada iniciou uma campanha nas redes sociais para arrecadar doações e fazer o tratamento. Ela foi submetida a pelo menos sete cirurgias.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Karina recebeu uma avaliação médica de que precisaria passar por um tratamento para colocar cimento ósseo e usar um medicamento finlandês conhecido como osso de vidro.

O tratamento, que não é oferecido pelo serviço público, custa, ao todo, R$ 180 mil. Com as doações, que mobilizou as redes sociais, sobretudo corredores e advogados, ela conseguiu.

Defesa do réu vai recorrer da decisão

A reportagem do Folha Vitória entrou em contato com a defesa do motorista do carro. O advogado Leonardo da Rocha Monteiro afirmou que “a defesa respeita a decisão do juízo de primeiro grau, mas não concorda com a sentença e vai buscar uma pena justa para o réu nas instâncias superiores”.

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