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Uso de cadeirinha gera polêmica após acidente com ônibus de Vitória no Rio de Janeiro

Criadas para dar mais segurança às crianças, as cadeirinhas são de vários modelos. O uso é obrigatório para carros de passeio, mas para veículos como vans e ônibus não. A resolução é do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A polêmica voltou à tona depois que uma criança de dois anos de idade morrer no acidente envolvendo um ônibus de viagens em Casemiro de Abreu, no norte do Rio de Janeiro. 

O artigo primeiro do Código diz no paragrafo terceiro que a exigência para o uso do sistema de retenção para crianças até sete anos e meio não se aplica a veículos de transporte coletivo.

O veículo saiu de Vitória e tinha como destino a capital fluminense, mas ao passar por uma ponte acabou caindo em um rio. Para o especialista em trânsito Paulo Lindoso, a resolução é falha e coloca em risco todos os ocupantes do veículo.

“O veículo está se deslocando com uma determinada velocidade e as pessoas que estão dentro também estão nesta velocidade. Se houver alguma interrupção através de uma batida ou freio, a pessoa é projetada, lançada com aquela velocidade do veículo”, explica o especialista.

O especialista em trânsito fez um estudo pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Trânsito, que mostra uma criança pesando 20 quilos, em um ônibus a 100 km/h, durante uma batida o corpo dela é projetado como se estivesse caindo do décimo segundo andar de um prédio, quase 40 metros de altura.

Mas não basta apenas mudar a resolução do Contran, aponta um representante da fábrica de cadeirinhas. As cadeirinhas usadas hoje em carros de passeio são afixadas com cintos de três pontas, e dentro dos ônibus os cintos são apenas de duas pontas, que retêm a pessoa apenas pela cintura.

“Eu gostaria muito de que meus filhos fossem transportados em veículos que proporcionassem essa segurança maior para as crianças”, afirma o representante Lazaro Ferreira.

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