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Acidentes com moto lideram indenizações no Espírito Santo

Os acidentes de trânsito fatais envolvendo automóveis lideram as indenizações no Sudeste. No ES, a maior parte dos seguros foram pagos às famílias de vítimas de acidente de moto

A maior parte dos seguros DPVAT foram pagos a famílias de vítimas de acidente de moto Foto: Reprodução

Os acidentes de trânsito fatais envolvendo automóveis lideram o número de pagamentos de indenizações na região Sudeste do Brasil. No Espírito Santo, no ano passado, a maior parte dos seguros DPVAT foram pagos às famílias de vítimas de acidente de moto.

As mortes no trânsito aumentam a cada ano no Brasil. Na região Sudeste, a maior parte das indenizações pagas por acidentes fatais foram para as vítimas que envolviam automóveis. De janeiro a março deste ano esse número foi de 51% e mantém a estatística do ano de 2013, que chegou a 52%. 

Fernanda Nascimento faz parte dessa estatística. Ela estava com o filho bebê e a cunhada grávida quando todos foram atropelados por uma carreta desgovernada. O filho e a cunhada morreram e Fernanda ficou internada por quase quatro meses em estado grave. “O seguro que recebi pela morte do meu filho não apagou a tristeza da perda, mas ajudou bastante no recomeço da família”, diz.

No Espírito Santo, nos três primeiros meses de 2014 foram pagos 256 seguros por morte. A seguradora responsável pelo DPVAT ainda não contabilizou os números de acidentes com motocicletas e automóveis, mas, de acordo com os dados de 2013, foram pagas mais indenizações por mortes em acidentes com moto, 45% contra 40% de mortes em acidentes com automóveis.

Para o sindicato dos corretores de seguros do Estado, a tendência é um aumento no número de acidentes envolvendo motos. Ivo Basílio, coordenador de atendimento DPVAT do Sincor-ES, pontua que “é um número considerável de acidentes envolvendo motos aqui no Estado. Houve um aumento considerável em 2013 e em 2014 deve bater esse recorde também”.

DPVAT é o seguro por danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre. Ou seja, é a indenização paga às vítimas ou familiares de vítimas de acidentes de trânsito. Os valores pagos variam por tipo de vítima e pela gravidade dos danos. A indenização por morte e invalidez pode chegar a R$ 13,5 mil e o seguro pago por despesas médicas chega R$ 2,7 mil.

“A invalidez é considerada através de laudo definitivo do médico, que comprova o tipo de lesão e a porcentagem do tipo de lesão e o CID. A seguradora calcula o valor de cobertura de acordo com as informações contidas nesse laudo. Se a vítima acredita que a cobertura não está de acordo com a sequela, a gente orienta que a pessoa faça um novo laudo médico e a gente manda para a seguradora pedindo a reabertura do processo”, esclarece Basílio.

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