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Enseada do Suá é a região com maior número de acidentes no Espírito Santo, aponta Detran

Segundo o órgão, foram registradas 302 ocorrências no local em 2014. No mesmo período aconteceram, somente na Grande Vitória, mais de 31 mil acidentes, com 156 mortes

Enseada do Suá, em Vitória, é a região onde mais acontecem acidentes no Estado, segundo o Detran Foto: TV Vitória

A Enseada do Suá, em Vitória, é a região onde mais acontecem acidentes de trânsito no Espírito Santo. A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES), com base nos dados referentes ao ano passado. No local, segundo o órgão, foram registradas 302 ocorrências no período. 

Dos cincos primeiros lugares no ranking de acidentes divulgado pelo Detran, quatro são em Vitória. Em segundo lugar na lista, aparece a Avenida Saturnino de Brito, na Praia do Canto, também em Vitória, com 274 ocorrências. A terceira colocação é da Avenida Eudes Scherrer, em Parque Residencial Laranjeiras, na Serra; em quarto está a Avenida Fernando Ferrari, em Goiabeiras, na capital, com 264 acidentes; e, fechando a lista dos cinco primeiros, consta a Avenida Dante Michelini, em Jardim Camburi, Vitória. Em 2013, a via mais perigosa, segundo o Detran, foi a Fernando Ferrari, com 271 ocorrências.

De acordo com o Detran, no caso da Enseada do Suá, a avenida ou rua exata onde ocorreu o acidente não foi identificada. O departamento justifica que os boletins de ocorrências preenchidos tanto pelos policiais do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar quanto pelos agentes da Guarda Municipal apresentavam erros como, por exemplo, não ter a rua onde o acidente aconteceu.

Ainda de acordo com o órgão, em 2014 foram registrados, somente na região metropolitana de Vitória, mais de 31 mil acidentes, que resultaram em 156 mortes. A partir desses números, o diretor do Detran-ES, Fabiano Contarato, destaca que muitas vezes o motorista não é o único culpado para que o acidente aconteça.

"É necessário utilizar um sistema de fiscalização eletrônica, colocar um quebra-molas ou reduzir a velocidade para a via. Ou seja, a gente tem que trabalhar com mais técnica nesses dados, não se atendo só ao número, mas ao local e vendo até mesmo a potencialidade desses acidentes", frisou.

Contarato aproveitou para ressaltar as falhas do poder público na tentativa de diminuir esses números. "O poder público não fiscaliza, não educa e falha na legislação. Porque hoje nós temos um Código de Trânsito com 11 crimes. O pior deles é um acidente com vítima fatal que, mesmo se condenado à pena máxima de seis anos, o motorista não vai ficar [preso] nem um dia", salientou.

Segundo dados do Detran, cerca de mil pessoas morrem, por ano, vítimas de acidente de trânsito no Espírito Santo. Com isso, o Estado é o segundo onde mais se mata no trânsito, ficando apenas atrás de Alagoas. 

"A capital Vitória não tem por onde mais crescer e a mobilidade urbana é um problema muito grave. Você tem um fluxo de veículo automotor, de motocicleta e quem sai perdendo com isso é toda a sociedade, que fica vitimada diante dessa triste realidade, colocando o Espírito Santo na segunda colocação em nível nacional", ressaltou Contarato.

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