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Médica cachoeirense esclarece mitos e verdades sobre Infecção Hospitalar

Existem pessoas mais propícias a desenvolver infecções hospitalares. Mito ou verdade? A médica infectologista Barbara Lescs dá suas explicações

A médica defende mitos e verdades sobre a infecção hospitalar Foto: Divulgação

Barbara Lescs atua em um hospital particular de Cachoeiro de Itapemirim onde acompanha casos de infecção hospitalar, doença comumente traduzida como infecção relacionada aos serviços de saúde, quando qualquer tipo de infecção pode ser adquirida por um paciente em serviços de saúde, como hospitais, clínicas, ambulatórios durante uma internação ou mesmo após receber alta.

Ela adianta que existem pessoas mais propicias a desenvolver infecções hospitalares. Mito ou verdade? “É verdade. Recém-nascidos, idosos, diabéticos,obesos, tabagistas, pessoas com câncer e transplantados apresentam maiores riscos de desenvolver infecção hospitalar,  porque  tem a imunidade alterada”, confirma Barbara.

Sobre a infecção hospitalar só se apresentar enquanto o paciente está internado, ela discorda, diz que é um mito, pois a infecção hospitalar pode se manifestar até mesmo após a alta, como no caso das infecções de próteses: “Quando a infecção aparece até um ano depois do implante consideramos como hospitalar”.  

E os visitantes, podem levar infecção para dentro do hospital? Ela garante que sim e defende que é importante evitar contato do paciente com pessoas gripadas ou com outras infecções  como piodermite (condição infecciosa produtora de pus), furúnculos, diarreia, crianças com infecções próprias da infância. “Existem formas de minimizar a chance de transmissão de infecção hospitalar, uma delas é a higienização das mãos”, orienta.

A higienização das mãos pode ser feita com a lavagem com água e sabão ou aplicação do álcool em gel Foto: Divulgação

A médica dá a dica de que a higienização das mãos pode ser feita com a lavagem com água e sabão ou aplicação do álcool em gel  como uma medida efetiva para reduzir este risco. O paciente também pode colaborar lembrando os profissionais e visitantes a realizarem este ato. Existem também todos os cuidados realizados no hospital desde a higienização, procedimentos de esterilização e desinfecção, treinamento dos profissionais de saúde  para minimizar o risco de infecção dentro dos estabelecimentos de saúde.

Outro mito apontado é sobre a transmissão da infecção hospitalar acontecer somente por meio de contato com objetos e acomodações que estejam infectadas pelos vírus ou bactérias. Barbara explica que os microrganismos podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, especialmente pelas mãos, por isso, é fundamental a higiene das mesmas. Outras maneiras de transmissão: por meio de água e alimentos contaminados, da saliva que pode sair da boca quando falamos, ou pelo ar, quando respiramos pó e poeira que contém microrganismos.

A infecção hospitalar pode acarretar problemas adicionais. “Um paciente com infecção hospitalar fica mais tempo internado, pode precisar de procedimentos cirúrgicos, apresentar efeitos colaterais relacionados ao antibiótico administrado, necessitar de internação  em unidade de terapia intensiva e  até mesmo morrer por infecção hospitalar”, diz.

Um alerta é para a transmissão da infecção hospitalar entre pacientes. “Alguns tipos de infecções podem ser transmitidas de um paciente para outro, caso os profissionais de saúde não tenham boas praticas, como higienizar as mãos antes e depois de contato com paciente ou objetos ao redor  dele”, finaliza.

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