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Atenção, pais! Vacinação contra poliomielite termina nesta quinta no Espírito Santo

O Ministério da Saúde encerrou a campanha no dia 31 de agosto, mas o Espírito Santo decidiu estender o prazo para que mais crianças possam receber a proteção contra a doença

Campanha termina na quinta Foto: Divulgação/Governo

Pais e responsáveis por crianças com idade entre 6 meses e menos de 5 anos têm poucos dias para levar os pequenos a uma unidade de saúde e garantir que eles sejam imunizados contra poliomielite. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) espera que o Espírito Santo consiga vacinar pelo menos 95% do público-alvo da campanha contra paralisia infantil até quinta-feira (10), quando termina a mobilização nas cidades capixabas. 
 
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, lembra que as unidades de saúde de todos os municípios, com exceção de Vitória – em virtude do feriado municipal em homenagem à padroeira da cidade –, retomam a vacinação nesta terça-feira (08). Até as 17 horas de sexta-feira (04), foram vacinadas contra poliomielite no Espírito Santo 213.678 crianças, o que representa 93,09% do público-alvo, estimado em 229.535 pequenos. 
 
O Ministério da Saúde encerrou a 36º Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite no dia 31 de agosto, mas o Espírito Santo decidiu estender o prazo para que mais crianças possam receber a proteção contra a doença, que pode levar à morte ou causar sequelas paralíticas irreversíveis. 
 
“Apesar de nenhum estado ter atingido a meta de imunizar pelo menos 95% do público-alvo até o término da campanha nacional, nem todos optaram por prorrogar o prazo de vacinação e alguns estenderam por um período menor. Os pais e responsáveis pelas crianças devem aproveitar essa oportunidade”, argumenta a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo, Danielle Grillo.
 
Ela explica que a poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus. Ela acomete, em geral, os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou causar sequelas paralíticas irreversíveis. Ela ressalta que 25 municípios capixabas ainda não alcançaram a cobertura vacinal esperada, e 14 estão com menos de 90% do público-alvo imunizado. Por outro lado, 53 municípios ultrapassaram a meta programada pelo Ministério da Saúde. 
 
“O Espírito Santo não registra caso de poliomielite desde 1988, e o Brasil desde 1990. Assim, ainda que o Estado atinja a meta, o que acreditamos que irá acontecer, é importante mantermos uma cobertura vacinal alta e homogênea em todos os municípios para evitarmos o risco da reintrodução da doença em nosso território”, detalha Danielle Grillo.
 
Em informe técnico enviado aos Programas Estaduais de Imunizações, o Ministério da Saúde ressalta que a Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite, criada em 1988, permitiu que hoje a doença afete um número reduzido de crianças ao redor do mundo. Por outro lado, o documento alerta que essa situação pode mudar rapidamente se a poliomielite não for erradicada, uma vez que a doença tem potencial epidêmico e ainda restam três países endêmicos, o que representa uma ameaça às áreas livres da pólio.
 
Multivacinação
 
A campanha de multivacinação, realizada paralelamente à campanha contra poliomielite, também continuará até o dia 10 de setembro. O objetivo é atualizar o cartão de vacinação dos pequenos que têm menos de 5 anos de idade com doses das vacinas que compõem o calendário básico de imunização da criança. São disponibilizadas com essa finalidade vacinas que protegem contra tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, meningite, pneumonia, diarreia, sarampo, caxumba, rubéola, catapora e hepatite A.
 
Diferentemente da campanha contra poliomielite, que é indiscriminada, ou seja, pretende alcançar o maior número possível de crianças dentro do público-alvo determinado, a de multivacinação não possui uma meta quantitativa. Neste caso, a vacinação é feita de forma seletiva, avaliando-se as carteiras de vacinação das crianças e imunizando somente os pequenos que não estão com o esquema vacinal em dia. 
 
“A oferta de diferentes vacinas simultaneamente é uma experiência bem-sucedida. A eficácia desse tipo de campanha vem sendo comprovada pela redução no número de casos de doenças imunopreveníveis no país, como coqueluche, difteria, meningites, tétano neonatal, tétano acidental, sarampo e a própria poliomielite, que foi eliminada do território brasileiro”, detalha Danielle Grillo.
 
 
Vacinas disponibilizadas nas campanhas
 
Poliomielite: protege contra a paralisia infantil
BCG: protege contra formas graves de tuberculose;
Hepatite B: protege contra a hepatite B;
Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilusinfluenzae tipo B (bactéria que causa meningite);
Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite;
Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite;
Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação;
Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;
Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche;
Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora;
Hepatite A: protege contra a hepatite A.

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