Geral

Casa Cor no Espírito Santo dribla crise e investe R$ 10 milhões na edição 2015

Rita Tristão

Rita Rócio Tristão promove a Casa Cor há 20 anos Foto: Divulgação

Empreendedora e antenada nas tendências arquitetônicas, Rita Tristão traz para Vitória a 20ª edição da Casa Cor, um evento que é realizado regionalmente em 19 estados e, por isso, é considerado o maior das Américas. A mostra tem início na próxima quarta-feira (30) e prossegue até o dia 10 de novembro. 

Todo ano, a Casa Cor reúne profissionais ligados às áreas de Arquitetura, Paisagismo e Designer e Decoração. Este ano estão confirmados Fábio Pinho, Sergio Paulo Rabello, Alessandra Guidoni, Rita Garajau, Augusto Pacheco, Leticia Finamore e Amanda Abranches.

Para Rita Tristão, o importante deste ano é demonstrar a importância da tradição, que está representada pelo ambiente em que foi montada a mostra, o Praia Tênis Clube, local que representou o glamour dos anos dourados.

Confira a íntegra da entrevista

Folha Vitória - O que tem de novidade neste ano?
Rita Rócio Tristão -
O local. Este ano será na Praia do Canto, no Praia Tênis Clube, que é um clube tradicional. É uma grande novidade e uma ousadia. Teremos à disposição uma área de 7.000 metros quadrados. Anteriormente, outro clube que fizemos a Casa Cor foi o Saldanha, que também é tradicional. Este será em uma área maior.

FV - Como é elaborar um evento como esse?
RCT -
É um evento que difere de uma feira. É muito planejamento. A montagem que é feita não é provisória. Tudo tem aspecto definitivo. Utilizamos pedreiro mesmo. São construções de verdade. Ali se mexe com vidro. É um evento bem diferente de uma feira e, por isso, requer muito planejamento.

FV - A Casa Cor dita tendência. O que mudou nas concepções de casa e escritórios desde o primeiro evento?
RCT -
O objetivo da Casa Cor é valorizar, é dar importância à atuação profissional. Mostramos desde o início que não dá para se arriscar a fazer obra sozinho. Na Casa Cor existem soluções a serem apresentadas, de forma diferenciada. Existe uma preocupação com ergonomia, iluminação. Por exemplo, em um espaço gourmet, não é só ter boa comida, tem toda a valorização dos ambientes através dos profissionais. 

FV - Qual a média de investimentos nos projetos apresentados na Casa Cor?
RCT -
Depende da parte da casa que é montada. Se quarto, sala, cozinha. Depende do espaço. O living, por exemplo, tem investimento maior. O que apresentamos é o que tem de melhor no mercado, tende a mostrar o que tem de melhor. Para se adequar aos orçamentos. Este ano, o investimento foi em torno de 10 milhões em toda a Casa Cor. 

FV - Como está o mercado de arquitetura?
RCT -
É um mercado que aumentou consideravelmente. Antigamente, só havia o curso da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Atualmente temos, salvo engano, seis cursos. Hoje temos Ufes, Multivix, UVV, Faesa, Colativa e Aracruz. Talvez outros.

FV - A que se deve esse aumento?
RCT -
Acredito que se deve à vontade de transformar, de utilizar técnica com arte. E a gente mostra isso. Onde antes eles se mostravam? Este é um ambiente público. Na Casa Cor cada um mostra seu estilo. Uns mais rústicos, outros mais românticos. Basta escolher a forma como isso funciona, à forma que mais se adequem.

FV - A crise já afeta o mercado de arquitetura?
RCT -
A crise afetou de uma forma geral todo o país. A Casa Cor abre um canal para essa demanda. A euforia consumista tende a passar, o cliente não está mais na porta. Então, a Casa Cor é uma forma de se colocar no mercado. Lógico que com muito mais parcimônia. Não se pode falar em desperdícios. Sempre contamos com bons parceiros e mostrando que  há brasileiros que fazem o Brasil melhor. 

Pontos moeda