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Audiência pública irá discutir retorno das operações da Samarco em Anchieta

Para o deputado Edson Magalhães, organizador da audiência, o retorno das operações da Samarco em Anchieta é muito importante para a economia da região

Unidade da Samarco em Anchieta Foto: Divulgação

O retorno das operações da Samarco na região Sul do Espírito Santo será discutido a partir das 19 horas desta terça-feira (3) no Sesc de Guarapari. A audiência pública é realizada pela Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa (Ales). 

Propositor da reunião, o deputado Edson Magalhães (PSD) destacou a importância do retorno das atividades da mineradora para a economia da região. “A paralisação das atividades da empresa reflete diretamente no comércio de todos os municípios do entorno da planta industrial da Samarco. Eles precisam retomar os trabalhos para evitar demissões em massa”, ressaltou.

Para representar a Samarco foram convidados os deputados da Ales, o diretor-presidente da empresa, Roberto Lúcio Nunes de Carvalho; o diretor de Infraestrutura, Maury de Souza Junior; o diretor financeiro, Eduardo Bahia Martins Costa; e o gerente-geral da empresa, Fernando Schneider Kunsch. Os prefeitos Marcos Assad e Duarte Eustáquio Gonçalves Júnior, de Anchieta e Mariana (MG), respectivamente, também foram convidados para o encontro. 

A mineradora teve suas atividades suspensas depois que a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais suspendeu as licenças por causa do rompimento da barragem de rejeitos de mineração de Fundão, que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), e, em seguida, contaminou o Rio Doce, atingindo outras cidades mineiras e capixabas. 

Entre as consequências do desastre ambiental, houve interrupção da captação de água, destruição da fauna e da flora, além dos impactos econômicos e sociais para pescadores e agricultores que dependiam das águas do Rio Doce para subsistência. A paralisação das atividades da Samarco também resultou numa queda de R$ 9 milhões na arrecadação mensal do município de Anchieta em 2016. 

Para o deputado Marcelo Santos (PMDB), vice-presidente da Comissão, não há dúvida de que a paralisação das atividades tem gerado prejuízos enormes para a economia. "Mas não quer dizer que os problemas ambientais que ela provocou sejam menores do que os econômicos. Queremos que ela assuma toda a responsabilidade pelo dano causado e que retome as atividades tendo muito mais zelo por essas questões, que entendo como prioritárias", pontuou.

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