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Grito dos Excluídos terá protesto contra rompimento das barragens da Samarco

Manifestação fará parte da 22ª edição do Grito dos Excluídos. A concentração do ato ocorrerá a partir das 8h30 da próxima quarta-feira, no Quiosque I da Praia de Camburi

Rejeitos de mineração da Samarco chegaram ao Rio Doce logo após o rompimento da barragem de Fundão Foto: Agência Brasil

Capixabas deverão ir às ruas de Vitória, na próxima quarta-feira (07), para exigir justiça no caso do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), no dia 5 de novembro de 2015. A manifestação fará parte do movimento "Grito dos Excluídos", que este ano chega à sua 22ª edição.

A concentração do ato ocorrerá a partir das 8h30, no Quiosque I da Praia de Camburi, na capital. De acordo com a organização, os manifestantes deverão percorrer a Avenida Dante Michelini até a altura do cruzamento com a Avenida Adalberto Simão Nader, utilizando a pista que já é interditada para a Rua de Lazer. A expectativa é encerrar o ato por volta do meio-dia.

O tema do Grito dos Excluídos este ano é "A vida em primeiro lugar”, e o lema é "Este sistema é insuportável: exclui, degrada e mata!". Segundo a organização, o objetivo é provocar reflexão sobre "as desigualdades, injustiças sociais e outras mazelas que o atual sistema econômico impõe".

Os organizadores do ato são a Comissão de Justiça e Paz (CJP) da Arquidiocese de Vitória, o Fórum Capixaba das Entidades em Defesa da Bacia do Rio Doce, pastorais sociais, igrejas, movimentos sociais, associações, sindicatos, além de capixaba atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco.

"Nesses 22 anos em que o Grito dos Excluídos é realizado, talvez este seja o momento histórico no qual o povo pobre e excluído tenha mais razões para gritar no Brasil. Ouvindo as palavras do Papa Francisco, vamos gritar contra um sistema que exclui, degrada e mata. O crime da Samarco sintetiza as contradições e revela os limites desse sistema que tem impedido a prevalência da dignidade humana, menosprezada a cada dia pela ganância cega dos poderosos", afirmou o coordenador da CJP, Bruno de Souza.

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