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Médicos do ES alertam sobre risco de infecção de herpes após beijo em bebês

Ao contrário do que muitos pensam, a lesão da herpes simples não aparece somente na boca. Apesar do tratamento, a pessoa irá conviver pelo resto da vida com o vírus da herpes no organismo

O bebê contraiu o vírus após ser beijado Foto: Reprodução Facebook

Depois que uma mãe britânica compartilhou a foto do filho de apenas 1 ano e 3 meses que contraiu herpes após ter recebido beijo de uma pessoa com o vírus, especialistas capixabas alertam para os cuidados que se devem ter com crianças pequenas. Os bebês e crianças com até cinco anos não estão com o sistema imunológico completamente formado.

Para o infectologista Paulo Mendes, a herpes simples é transmitida pelo beijo especialmente quando a pessoa infectada apresenta uma lesão aparente. O especialista informa que, ao contrário do que muitos pensam, a lesão da herpes simples não aparece somente na boca.

“As lesões podem aparecer em qualquer parte do corpo. A pessoa que está infectada deve ter consciência e evitar ficar beijando crianças pequenas que estão com a imunidade imatura. Se beijar a criança novinha ela vai contrair a herpes”, afirmou o infectologista.

Já o pediatra Lincon Rohr vai além no que se refere a doenças contraídas pelos pequenos que estão com a imunidade em desenvolvimento.

“Para você ter uma ideia uma criança de até cinco anos pode gripar de dez a 12 vezes no ano porque a sua imunidade ainda está se formando. E com isso, quem estiver com alguma doença viral pode contaminar essas crianças se ficarem beijando elas. Os pequenos podem contrair não somente a herpes e gripe, mas também sapinho e até meningite”, alerta o pediatra.

O pediatra orienta que o ideal é que as pessoas adultas respeitem esse período de formação imunológica das crianças e evitem o contato com elas quando estiverem doentes. No caso da herpes simples em crianças  o tratamento é feito com antiviral em forma de pomadas. Apesar do tratamento, a pessoa irá conviver pelo resto da vida com o vírus da herpes no organismo.

“O tratamento irá tratar as lesões e fazer com que a criança não transmita a doença, mas não irá erradicar o vírus do organismo, ou seja, ela terá para sempre o vírus dentro dela e a doença poderá se manifestar em qualquer momento de sua vida, basta ela passar por uma situação de estresse, queda da imunidade ou tomar muito sol, por exemplo”, afirmou Rohr.

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