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Racionamento faz crescer procura por reservatórios de água na Grande Vitória

A crise hídrica está mudando os hábitos da população que se prepara para armazenar água. Esta mudança se reflete no mercado. As vendas de caixas d’água cresceram em até 40%

A procura por reservatórios de água cresceu na Grande Vitória Foto: Divulgação

A crise hídrica e a chegada do racionamento de água na Grande Vitória estão mudando os hábitos da população que se prepara para armazenar água. Esta mudança se reflete no mercado. As vendas de caixas d’água cresceram em até 40%. O proprietário de uma casa de material de construção, John Kennedy Colodetti afirma que os produtos que não param nas prateleiras, além das caixas d’água, os galões e toneis estão sendo procurados. 

“Tenho comércio em Vitória há 35 anos e não me lembro de ter vendido tantas caixas d’água. A procura aumentou entre 30% e 40% nos últimos 12 meses.  Para um comércio pequeno igual ao meu, teve esse aumento, imagina em todas as lojas”, disse.

Em Cariacica, em outra loja de material de construção, os números também chamam a atenção . De acordo com o gerente Vitor Lopes Brandão, de um mês para cá a venda de bombonas aumentou cinco vezes.

“Estamos enviando os produtos principalmente para o interior do Estado. Mandamos carretas do produto para lá carregadas com 500 ou 600 bombonas porque há muitas cidades do interior já estão sem o abastecimento de água e enfrentam o racionamento há tempos”, disse.

O gerente informou também que os preços das bombonas variam entre R$ 120 e R$ 225 e os produtos mais vendidos são os reservatórios tanto para água potável quanto para o reuso.

“O pessoal vem se conscientizando sobre o reaproveitamento de água da máquina de lavar e da chuva. Algumas pessoas já faziam isso, é verdade, mas quando o ‘bicho pega’, quando falta água é que todo mundo realmente se conscientiza”, afirmou Vitor Lopes.

O microempresário Eustáquio Coelho é proprietário de uma pousada no município de Vila Velha e desde a época da fartura nos rios que abastecem a região metropolitana o reaproveitamento de água é feito no local.

“Para ser honesto a finalidade nossa era inicialmente economizar na conta de água. O racionamento é uma coisa que está pegando muita gente de surpresa agora. Ontem (terça-feira 20), pela primeira vez eu senti o que é tomar banho e ter que fechar o chuveiro para economizar”.

Cesan faz alerta

Quando se fala em racionamento de água, as pessoas ficam preocupadas em não conseguirem realizar suas tarefas domésticas como lavar roupas e limpar a casa e começam a estocar água. O problema é que esta medida, de acordo com a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), pode aumentar a demanda e incentivar o desperdício. Isso é o contrário do que se busca. 

Racionamento 

A cada dia da semana uma região terá o fornecimento de água suspenso por um prazo de 24 horas, sempre a partir das 12 horas. Segundo a Cesan, passadas as 24 horas de interrupção, o sistema poderá retornar ao normal em até 24 horas. Saída quais são os grupos e quando cada bairro ficará sem abastecimento!

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