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Dois capixabas de Ibatiba e Pancas morreram vítimas da febre amarela

A Sesa recebe mais 700 mil doses de vacina contra febre amarela. Elas estarão disponíveis para retirada pelos municípios na quarta-feira (1º).

A Sesa deve solicitar mais 500 mil doses da vacina para reforçar o estoque dos municípios que estão vacinando quem precisa viajar para áreas de risco Foto: Divulgação/Governo

Sobre para dois o número de mortos vítimas da febre amarela no Estado. Os pacientes eram de Ibatiba e Pancas. Até esta segunda-feira (30), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) recebeu 45 notificações de suspeita da doença, duas foram descartadas e do total de 43 casos investigados, 11 foram confirmados para febre amarela silvestre.

Os dados foram atualizados na manhã desta terça-feira (31). Dos 11 casos confirmados, cinco são de Ibatiba, e um caso registrado em cada uma das cidades: Baixo Guandu, Brejetuba, Colatina, Conceição do Castelo, Itaguaçu  e Pancas.

O secretário de Saúde, Ricardo de Oliveira, salientou que todos os casos registrados no Espírito Santo até o momento são de pessoas residentes em áreas rurais e a transmissão ocorreu em área de mata. 

Ricardo de Oliveira disse ainda que a febre amarela é um problema que precisa ser enfrentado por toda a sociedade  e que é necessário ter tranquilidade em vez de pânico. 

“Temos buscado conduzir essa situação da forma mais responsável possível, sem ceder ao pânico infundado. É claro que estamos num momento de preocupação, mas estamos conseguindo administrar a proteção à saúde das pessoas”, disse o secretário.

Especialista mundial 

O virologista Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, um dos maiores especialistas em febre amarela do mundo, está no Espírito Santo, a convite da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), para acompanhar as ações de enfrentamento contra a doença. Além de diretor do Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, ele ocupa posições em diversas outras instituições no Brasil e no exterior e participou diretamente do isolamento e da caracterização de mais de 10 mil cepas de vírus e da identificação de mais de 100 vírus novos para a ciência.

Na avaliação do especialista, o Espírito Santo está no caminho certo, adotando as medidas necessárias para evitar o avanço da febre amarela para a área urbana. “Acredito que o risco de urbanização da doença é quase nulo”, comentou. 

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