Polícia

Adolescente confessa ter matado e queimado mulher que estava desaparecida em Aracruz

O corpo de Fabrícia Pires Ramos foi encontrado pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (25), na rodovia ES-445

Redação Folha Vitória

Foto: Arte/Folha Vitória

Um adolescente, de 17 anos, foi apreendido suspeito de matar e atear fogo no corpo de Fabrícia Pires Ramos, de 44 anos, que estava desaparecida desde a Páscoa, em Aracruz, região Norte do Espírito Santo.

O corpo da vítima foi encontrado pela Polícia Civil na tarde de quinta-feira (25), na rodovia ES-445, no mesmo município. Ela deixou a casa onde estava em Coqueiral de Aracruz, no dia 31 de março, com o carro de um parente e não foi mais vista.

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À polícia, o adolescente confessou ter cometido o crime e levou os militares no local onde estava o corpo. De acordo com a versão do suspeito, ele matou a vítima por achar que ela era integrante de uma facção rival de tráfico de drogas.

"A mulher pediu um tipo de droga que não era vendido no local. A partir disso, ele suspeitou que a vítima poderia ser integrante de uma facção rival e que talvez pudesse estar ali para colher informações do tráfico da região, para um possível ataque. Isso, por si só, o fez acreditar que seria motivo suficiente para tirar a vida dessa pessoa", comentou o delegado André Jaretta, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz.

O adolescente informou aos policiais que a vítima apareceu no ponto de drogas para comprar entorpecentes. Ele, então, teria a enganado, falando que a levaria para outro ponto de droga buscar o entorpecente que a vítima havia solicitado. 

No carro onde Fabrícia estava, o adolescente assumiu a direção e, no caminho, atirou contra a mulher. O delegado André Jaretta explica que, depois de ter atirado, o suspeito teria deixado o corpo da vítima na rua e ido para casa dormir. 

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No dia seguinte, voltou ao local do crime, pegou o corpo, levou para outro ponto e ateou fogo. O delegado ainda fala que a vítima foi direcionada para outro local com a desculpa de que iria buscar a droga que a mulher queria.

"Na manhã seguinte, ao acordar, ele voltou ao local, pegou o corpo da vítima, colocou no banco de trás do carro que ela mesma dirigia anteriormente, a levou até a área mais afastada, jogou gasolina em cima do corpo e ateou fogo", disse. 

Poucos dias após o crime, os militares chegaram a avistar o carro que foi utilizado pela vítima com dois suspeitos. Em uma tentativa de abordagem, os bandidos fugiram e capotaram o veículo.

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Os policiais militares realizaram as buscas e os suspeitos conseguiram fugir, no entanto, um deles, o adolescente, foi apreendido na quinta-feira (25). Ele foi encontrado em uma casa, tentou fugir, mas não conseguiu.

"Ele já disse que sabia porque os policiais militares estavam atrás dele e confessou o crime bárbaro, indicando onde estaria o corpo da vítima", contou o tenente Farias, comandante da 3ª Cia do 5° Batalhão da PMES.

Ele informa aos policiais que agiu sozinho e levou as equipes para onde estava o corpo da vítima. O caso ainda segue em investigação para identificar outros possíveis envolvidos do crime.

"Investigações persistem, vão continuar e, caso tenham outros envolvidos, serão detidos. O mundo do crime é cruel, a sociedade precisa entender que o crime é covarde, traiçoeiro. Esses indivíduos não são vítimas da sociedade, pelo contrário, eles banalizam as vítimas, sem nenhum sentimento. Igual nesse caso, o menor pegou o carro da vítima e para casa dormir depois do crime", disse o delegado André Jaretta.

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