Polícia

Caso Thamyris: jovem teria sido morta com golpe de mata-leão

Thamyris, de 18 anos, foi encontrada enterrada em cova rasa na cidade de Marilândia. Segundo suspeito foi preso pela polícia

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Arte/Folha Vitória

Mais um suspeito de envolvimento na morte de Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, foi preso. A Polícia Civil informou que as investigações apontam que a jovem teria sido morta por asfixia mecânica, causada por um golpe de mata-leão ou pelo uso de uma fita.

A jovem ficou desaparecida por três dias e foi encontrada morta e enterrada em cova rasa na cidade de Marilândia, Norte do Espírito Santo.

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O segundo suspeito preso é Bruno da Conceição, de 27 anos, detido na segunda-feira (15). Segundo a polícia, ele confessou que auxiliou Ivanildo Pereira da Silva, de 35 anos, preso na última semana, na ocultação de cadáver. 

Bruno foi preso em flagrante por receptação de uma moto roubada, que teria sido a recompensa de Ivanildo por ele ter ajudado no crime.

Foto: Divulgação / Polícia Civil

De acordo com o titular da Delegacia de Marilândia, delegado Leonardo Avila, ao ser levado para a delegacia, Bruno começou a contar a dinâmica do crime.

"Desde o início das investigações, a polícia sabia que Ivanildo não teria agido sozinho. Identificamos o Bruno, que seria muito amigo do Ivanildo e mora em Marilândia. Quando chegamos na casa do suspeito para conversar, vimos várias atitudes suspeitas, uma delas foi o fato dele ter tentado esconder a moto e fugir", contou o delegado. 

A polícia acredita que Ivanildo ficou escondido na casa de Bruno nos dias após o assassinato de Thamyris, até a última quinta-feira (11), quando tentou fugir, mas foi encontrado e preso em um hotel na cidade de Ecoporanga.

Bruno teria ajudado a esconder o corpo de Thamyris

Na delegacia, Bruno começou a contar os detalhes do crime aos policiais. O suspeito, inclusive, levou a equipe policial para uma região de mata, às margens da BR-356, em Marilândia, onde Ivanildo teria deixado o corpo da jovem após matar Thamyris.

No dia seguinte, os dois foram novamente até o local de carro, colocaram o corpo da vítima no porta-malas e levaram em outra região, onde a enterraram. 

"O suspeito informou que, quando ele teve o primeiro contato com a Thamyris, ela já estaria morta. Ele diz que não participou do assassinato da jovem. Só teria ajudado a levar o cadáver para a cova onde foi encontrada", contou o delegado.

Em vídeo enviado pelo delegado Leonardo Avila à reportagem do Folha Vitória, Bruno aparece mostrando para as equipes de Polícia Civil o local onde o corpo foi jogado.

“O cadáver da vítima foi encontrado em um local de difícil acesso e enterrado em uma cova com, aproximadamente, 70 a 80 centímetros de profundidade”, disse o delegado.

Veja o vídeo:

Linha de investigação: morte após se recusar a fazer sexo

As investigações ainda estão em andamento para descobrir a motivação do crime e a causa de morte da jovem. 

No entanto, de acordo com o delegado, a hipótese mais provável que a polícia trabalha é de que Ivanildo teria oferecido drogas para Thamyris e, depois, tentado ter relações sexuais com a vítima.

No entanto, a jovem teria recusado o sexo e Ivanildo, então, a teria matado por asfixia mecânica, que pode ter sido causada por um golpe de mata-leão ou pelo uso de uma fita larga para estrangulamento.

"Ivanildo tinha alegado que ela morreu de overdose, mas a gente não acredita nessa versão. Morte por overdose alguém tenta prestar socorro, não enterrar a vítima, simplesmente levar para o matagal e ocultar o cadáver. A hipótese mais plausível seria essa motivação, de ter recusado fazer sexo com o suspeito", explicou o delegado.

Laudo cadavérico

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o laudo cadavérico ficou pronto na segunda-feira (15) e aponta que o corpo estava em adiantado estado de putrefação, por conta dos dias decorridos entre a morte e a data do exame, o que prejudicou o laudo.

Entre as informações do documento, foi observado que a vítima teve uma lesão do lado direito da cabeça, mas essa lesão não é apontada como a causa de morte. Por conta do avançado estado de decomposição do corpo, foram coletados materiais para exames toxicológicos para buscar a causa de morte.

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