Polícia

Pai de criança que teria sido estuprada não desconfiou da atitude de idoso suspeito do crime

A família da criança que teria sido vítima de um estupro disse que não desconfiou da aproximação do idoso de 70 anos, suspeito de ter cometido o crime em Viana.

Segundo o pai da menina, o vizinho Agenor Estelita Gomes mora sozinho, em uma casa simples no bairro Nova Betânia, em Viana. Com o tempo, o idoso se aproximou da família. “Ele começou a pegar amizade com a gente, ficava na nossa casa, almoçava. Nós convivíamos juntos, 24 horas. Eu fiz amizade com ele, tanto que meu coração está doído. Eu não esperava que o senhor Agenor fosse fazer um negócio desses”, afirma.

A vítima conta que era atraída para a casa do vizinho, onde era estuprada. “Ele me chamava para pegar dinheiro na casa dele, ele me deu R$ 20. Ele me mandou tirar a roupa e, como eu não queria, ele tirou à força. Depois, ele tirou a roupa dele e mandou que eu fizesse tudo”, conta.

O idoso foi levado para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Cariacica e autuado por estupro de vulnerável. Ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Viana.

Para o pai da criança, a justiça tem que ser feita. “Eu quero que a justiça seja feita, que ele fique preso por um bom tempo para aprender, que ele pague pelo crime que cometeu”, disse.

Relação de idoso com crianças chamava atenção 

A prisão de Agenor não foi surpresa para os vizinhos. “Isso não me assustou nem um pouco. Todo mundo sabia disso, a gente conhece um pedófilo só de olhar. Ele era muito bonzinho com as crianças, dava paçoca, balinha”, conta uma testemunha.

Segundo moradores do bairro, o homem conserta televisores e geladeiras, em casa. O que os vizinhos estranhavam era a presença de crianças na residência. “Meninas e meninos saíam do quintal dele. Nós falávamos para ele parar com isso, mas ele dizia que gostava de menina nova”, afirma um morador.

Outra mulher, que também é vizinha de Agenor, conta que se surpreendeu com o que encontrou na máquina fotográfica que tinha emprestado para ele. “As crianças nunca viam que eram fotografadas. As fotos eram da parte de trás do corpo delas. Eu vi as fotos e pensei em tomar uma providência. Eu sempre chamei a polícia. Um dia ele ameaçou matar quem o estava denunciando”, afirma.

Outro caso

Na última quinta-feira (17), um frentista de 36 anos foi preso suspeito de assediar uma menina de nove anos em uma rede social, em Guarapari. Quando a mãe da menina percebeu a conversa, ela começou a monitorar a filha e acionou a polícia. 

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