Polícia

Dívida de R$ 300 fez vigilante matar e "emparedar" corpo de mulher em Vila Velha

O vigilante, que por mais de nove anos viveu na casa onde estava emparedado o corpo, disse que a vítima era usuária de drogas e que o ameaçou quando ele cobrou R$ 300

Ossada da vítima foi encontrada nos entulhos de uma parede Foto: TV Vitória

Acusado de matar e esconder o corpo da vítima dentro de uma parede em sua casa, localizada no município de Vila Velha, ao ser preso na última quarta-feira (11) na cidade baiana de Porto Seguro, Egmar Ferreira de Souza confessou o crime e disse estar arrependido de ter tirado a vida de Adriana da Silva Bredas, em março de 2005.

O vigilante, que por mais de nove anos viveu na casa onde estava emparedado o corpo, disse que a vítima era usuária de drogas e que o ameaçou quando ele cobrou R$ 300 que Adriana pediu emprestado.

“Antes que ela fizesse alguma coisa comigo, eu dei uma gravata nela, que caiu meio tonta em cima da minha cama. Puxei ela pelos pulsos para o chão e peguei a marreta que estava embaixo da cama e bati”, contou o suspeito.

Sobre a forma de esconder o corpo, Egmar explicou que não teve outra escolha: “não tinha outra coisa a fazer, não conseguiria levar o corpo para outro lugar sozinho. Joguei cal suficiente para tirar o mau cheiro, fiz uma massa e coloquei o corpo na parede.

Quando perguntado se havia se arrependido do assassinato confessado, o vigilante disse que sim, especialmente depois que se casou e mudou com a esposa para a Bahia.

Entenda o caso

Em julho de 2014, a Delegacia Especializada de Homicídio Contra a Mulher (DHPM) foi acionada por uma pessoa que havia comprado uma casa e, ao quebrar uma parede, achou um esqueleto sob um monte de entulho.

Foi encontrada junto à ossada, uma identidade e um cartão de banco em nome da vítima, com validade de 2006. Após consultas a listas de desaparecidos, chegou-se ao nome de Adriana da Silva Bredas, que estava desaparecida desde março de 2005.

Em depoimento, uma sobrinha de Adriana disse que sua tia era casada, mas mantinha um relacionamento com outra pessoa, definida com um homem branco, conhecido como "Alemão". As características repassadas por ela, se assemelhavam às mesmas descritas pelo comprador da casa, que encontrou a ossada, referindo-se ao então proprietário que lhe vendeu o imóvel: Egmar Ferreira de Souza.

Os policiais civis da DHPM localizaram então o motorista do caminhão que fez a mudança do então proprietário da casa, o  "Alemão" , que disseram que teria se mudado para o Bairro Paraguai na entrada de Porto Seguro, na Bahia. De posse do novo endereço do suspeito, a polícia fez uma diligência e deteve Egmar, que não resistiu à prisão e confessou a autoria do crime.

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