Polícia

Polícia descobre oficina de caça-níqueis que abastecia pontos de jogos na Grande Vitória

Ela funcionava em um galpão alugado na Barra do Jucu, em Vila Velha. Segundo a polícia, as peças apreendidas são suficientes para montar mais de cem aparelhos

Máquinas foram apreendidas pelo Nuroc, nesta quarta Foto: TV Vitória

A polícia descobriu, na manhã desta quarta-feira (24), uma oficina de máquinas caça-níqueis na Barra do Jucu, em Vila Velha. Diversos materiais usados na montagem e manutenção dos aparelhos foram apreendidos pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e a Corrupção (Nuroc).

A oficina funcionava em um galpão alugado. O material estava amontoado dentro do local. Foram encontradas peças de computador, equipamentos para contagem de dinheiro e outras peças eletrônicas, que dariam para montar mais de cem aparelhos.

De acordo com o levantamento da polícia, boa parte dos equipamentos encontrados era importada, principalmente as placas de processadores e memórias para computador. Também foram recolhidos cartões onde são armazenados os jogos e que eram programados para que o dono do caça-níqueis sempre tivesse lucro.

"A gente tem informações de que cada máquina montada seria avaliada em torno de R$ 2 mil e que cada máquina geraria ao seu proprietário em torno de R$ 50 mil por semana", destacou a delegada do Nuroc, Lana Lages, responsável pelas investigações.

Segundo a polícia, a oficina clandestina abastecia diversos pontos de jogos na Grande Vitória, repondo os equipamentos que eram apreendidos pela polícia ou consertando máquinas que apresentassem defeitos. Quando não era possível recuperar o caça-níqueis, as peças em boas condições eram reaproveitadas para a construção de novas máquinas. 

A parte mais reaproveitada era o noteiro, que identifica o valor das notas inseridas na máquina. A importação de noteiro é proibida no Brasil. Por isso, eles são valiosos e nunca são descartados.

As investigações duraram cinco meses. A polícia chegou até o local a partir de uma denúncia anônima. A atividade da oficina clandestina era tão discreta que nem mesmo o dono do imóvel e os vizinhos desconfiaram da atividade ilícita.

"O proprietário do galpão prestou declarações, apresentou o contrato de locação, regularmente realizado, e indicou quem seria o locador desse galpão", contou Lana Lages. 

O suspeito fez contato por telefone com um dos delegados, dizendo que vai se apresentar com um advogado. A polícia não divulgou mais detalhes para não atrapalhar as investigações que, segundo a delegada, ainda não foram encerradas. "Nós vamos prosseguir nas investigações para identificar quem eram os reais proprietários desse material apreendido", ressaltou.

Pontos moeda