Polícia

Mulher é presa em Vila Velha suspeita de se passar por delegada da Polícia Federal

Maria Aparecida dos Santos Carvalho era investigada há quatro anos. Segundo a polícia, após terminar um relacionamento, a mulher começou a registrar falsos boletins de ocorrência contra o ex

Maria Aparecida foi detida nesta quarta-feira, em Vila Velha, e negou todas as acusações Foto: TV Vitória

Uma mulher suspeita de se passar por delegada da Polícia Federal e agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi presa, na manhã desta quarta-feira (29), no bairro Rio Marinho, em Vila Velha. Maria Aparecida dos Santos Carvalho, de 48 anos, era investigada desde 2011.

De acordo com a polícia, tudo começou após o término do relacionamento da acusada com um homem. Maria Aparecida teria começado a ameaçar o ex, além de fazer falsas denúncias, dizendo que ele era traficante, agredia familiares, entre outras acusações.

"Com o fim do relacionamento, ela começou a perseguir o seu ex-companheiro. E, nesse passo, começou a registrar vários boletins de ocorrência, imputando falsamente crime contra ele, dizendo que era traficante de drogas e de armas e que batia na irmã e na própria falsária", ressaltou o delegado Gabriel Monteiro, responsável pelo caso.

De acordo com Monteiro, na hora de registrar as falsas ocorrências, a mulher se identificava como policial, como forma de impor respeito. Por conta disso, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão contra a suspeita. Na casa dela, a polícia ainda encontrou acessórios que supostamente seriam usados para que ela fingisse ser delegada.

"Com o intuito de formalizar essas ameaças, ela se passava por delegada da Polícia Federal e agente da Abin. Por ela se passar por delegada e ter diversos boletins de ocorrência falsos, houve um mandado de busca e apreensão. E na sua residência foi encontrada uma luneta e uma mira a laser", disse Gabriel Monteiro.

Segundo as investigações, a falsa delegada chegou a registrar uma linha telefônica no nome do ex-companheiro, para forjar provas de que era ameaçada. "Não contente com essa situação toda, ela pegou o CPF e a CNH dele, registrou uma conta telefônica no nome dele e passava mensagens desse telefone registrado para o telefone dela, ameaçando. Nisso, ela levava [o celular] para a delegacia de polícia, mostrando as ameaças", contou o delegado.

Maria Aparecida nega todos as acusações. No entanto, segundo Gabriel Monteiro, a polícia tem indícios suficientes para autuar a suspeita, que responderá por quatro crimes.

"Ela nega todos os fatos, afirma que é perseguição. Mas a denúncia está muito bem formalizada, a investigação foi feita de forma coesa e acredito que esse mandado de prisão foi cumprido na maior formalidade possível. Ela vai responder por falsidade ideológica, comunicação falsa de crime, denunciação caluniosa e crime de porte de acessórios ou armas, pelo Estatuto do Desarmamento", frisou o delegado.

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