Polícia

Corpo encontrado atrás de clube em Vitória pode ser de adolescente desaparecida

Resultado do exame de DNA feito no DML de Vitória ainda não saiu, mas família tem certeza de que o corpo é de Emily Mariano da Silva, de 15 anos, desaparecida desde o último dia 14

Emily está desaparecida desde o último dia 14, quando foi a um baile funk em Vitória com o namorado e uma prima Foto: Reprodução

A família da jovem Emily Mariano da Silva, de 15 anos, desaparecida desde o último dia 14, após ir a um baile funk em um clube no bairro Caratoíra, em Vitória, acredita que um corpo encontrado na manhã de quarta-feira (25), em um terreno baldio atrás do estabelecimento, é o da adolescente. No entanto, a polícia ainda não confirma essa informação, já que o resultado do exame de DNA ainda não saiu.

"No momento em que eu cheguei ao DML, quando o rapaz tirou [a proteção do corpo], de longe eu vi. Reconheci pelo dentinho de leite que ela tinha na boca ainda", contou a avó.

"Eu já sabia que a minha filha estava morta. Ela não entrava mais no Face, não me ligava mais. Ela antes me ligava todos o dias, o dia inteiro no meu trabalho", lamentou a mãe da jovem.

No dia em que foi vista com vida pela última vez, Emily saiu de casa, em Nova Betânia, em Viana, com o namorado, de 19 anos, e uma prima, de 17. Eles teriam ido a um baile funk na capital.

"Nossos amigos chamaram a gente para ir, mas eu falei que não. Mais tarde ela falou comigo 'vamos no rock que vai ter aqui no bairro?' e eu falei 'vamos'. A gente se arrumou e ela recebeu a ligação do namorado, falando que passou pela gente na pracinha. Quando a gente entrou dentro do carro dele, fiquei sabendo que a gente estava indo para o Náutico", contou a prima.

O presidente do clube, Plácido Pereira, garantiu que a entrada nos bailes realizados no estabelecimento só é permitido para jovens a partir dos 16 anos, mediante apresentação de documento com foto. "Nós não deixamos entrar menores sem documento. A idade nossa aqui é de 16 anos para cima. Sem documento não entra", afirmou.

O último contato de Emily com a família teria sido um telefonema a uma outra prima dela, na manhã do dia 15. A partir daí, foram dez dias de buscas pela estrudante, que deixou a escola em meados deste ano. 

O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegado Adroaldo Lopes, disse que, mesmo sem o resultado do exame de DNA, a polícia já investiga o caso. 

"A gente trabalha com as duas hipóteses: de não ser o corpo dela e de ser o corpo dela. De qualquer forma eu só entrei no caso hoje e, memo assim, já avancei bastante nas minhas investigações. Estou caminhando e acredito que eu vá chegar a algum lugar", ressaltou o delegado.

No entanto, Adroaldo prefere não adiantar possíveis envolvidos ou motivação para o crime. Segundo o delegado, a polícia está agindo com cautela. "Estamos ouvindo pessoas, fazendo o reconhecimento e trabalhando com a inteligência. Por isso eu digo que a gente já caminhou uma boa caminhada dessa trajetória, que é a elucidação desse crime", frisou.

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