Polícia

Empresário é indiciado por morte de motoboy durante batida em Vila Velha

Inicialmente Alex Rodrigues da Costa havia sido autuado por homicídio culposo, mas a polícia entendeu que ele assumou o risco de matar a vítima e o indiciou por homicídio doloso

Alex chegou a ser preso por homicídio culposo, mas pagou uma fiança de R$ 50 mil e foi liberado no dia seguinte Foto: TV Vitória

O empresário Alex Rodrigues da Costa, de 55 anos, acusado de atropelar e matar um motoboy na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, em outubro deste ano, foi indiciado por homicídio doloso por conta do ocorrido. Isso porque, no entendimento da polícia, ele assumou o risco de matar a vítima, Jales Vieira da Costa, de 46 anos. 

Além de homicídio doloso qualificado, Alex responderá pelos crimes de embriaguez ao volante e dirigir com a carteira de habilitação suspensa. O inquérito sobre o caso foi concluído nesta segunda-feira (14) pela Delegacia de Delitos de Trânsito.

Inicialmente, o empresário havia sido autuado por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar. No entanto, o delegado Alberto Roque Peres, responsável pelas investigações, decidiu mudar a autuação e interpretou que a colisão envolvendo a caminhonete de Alex e a motocicleta conduzida por Jales não foi um simples acidente, sem intenção, mas sim uma atitude previsível, que acabou tirando a vida de outra pessoa.

A batida que resultou na morte do motoboy aconteceu por volta das 21h40 do dia 25 de outubro, um domingo, próximo à Delegacia Regional de Vila Velha, em Jaburuna. De acordo com o levantamento da perícia, Jales estava parado com sua moto no sinal vermelho, na Avenida Carlos Lindenberg, quando foi atingido pela caminhonete dirigida por Alex. 

Os peritos concluíram que o empresário dirigia o veículo em alta velocidade e não tentou frear antes de atingir a motocicleta. Na época, o motorista da caminhonete confessou ter bebido cerveja antes de dirigir. Além disso, ele estava com a carteira de habilitação suspensa.

O acusado chegou a ser submetido ao teste do bafômetro, que apontou que estava com 0,66 miligramas de álcool por litro de sangue. No entanto, foi constatado que o aparelho estava com data de validade vencida e o teste teve de ser descartado. Ainda assim, o delegado utilizou outros argumentos para sustentar a acusação de embriaguez ao volante.

Alex chegou a ser preso por homicídio culposo. No entanto, pagou uma fiança no valor de R$ 50 mil, no dia seguinte, e foi liberado. O empresário continua respondendo ao processo em liberdade, mas Alberto Roque Peres solicitou que a Justiça determine o afastamento do indiciado de bares e restaurantes e, ainda, que a carteira de habilitação dele continue suspensa. Caso haja descumprimento da medida, ele poderá voltar a ser preso.

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