Homem suspeito de usar tablet para atrair e estuprar da própria sobrinha em Vitória
Suspeito também era padrinho da vítima. Segundo a polícia, ele atraiu a menina para o quarto dele com um tablet. Ato teria acontecido em outubro e foi flagrado pela mãe da criança
Um homem foi preso nesta quinta-feira (07), em Vitória, suspeito de estuprar a própria sobrinha e afilhada, uma menina de 12 anos. A violência sexual teria acontecido em outubro do ano passado e foi flagrada pela mãe da vítima, que também é irmã do suspeito.
Após cerca de dois meses de busca, o acusado foi detido na casa de amigos, no bairro Santa Marta, por policiais da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA). De acordo com o titular da DPCA, delegado Lorenzo Pazolini, ele não resistiu à prisão e confessou à polícia os abusos.
"Informalmente ele confessa o crime, até porque há evidências como o relato da vítima e os laudos comprovando a materialidade do crime. Mas, durante o interrogatório, ele se reservou ao direito de permanecer calado", disse o delegado.
O suspeito foi levado para a DPCA e, em seguida, para o Centro de Triagem de Viana. Na delegacia, ele preferiu não fala com a imprensa sobre o caso e escondeu o rosto. De qualquer maneira, ele não terá a identidade revelada, justamente para não expor a vítima, uma vez que há relação de parentesco entre ambos.
A criança teria sido violentada duas vezes, em outubro do ano passado. Segundo Lorenzo Pazolini, o tio sempre dava um jeito de atrair a sobrinha até o quarto dele e, na última vez, a isca foi um tablet. O acusado teria pedido que a menina fosse até o quarto buscar o equipamento. Quando ela entrou no cômodo, ele teria ido atrás, fechado a porta e consumado o ato sexual. No entanto, a mãe da menina acabou flagrando a cena e procurou a polícia.
"Houve um barulho, a mãe acordou e, assim que ela abriu a porta do quarto, pela fresta, ela presenciou o irmão sobre a sua filha, praticando a relação sexual. A mãe pulou em cima do irmão e ele começou a pedir perdão. Posteriormente, foi até a cozinha, pegou uma faca e ameaçou se matar. Logo após ele empreendeu fuga", contou o delegado.
A mulher contou aos policiais que o irmão trabalhava como cozinheiro, mas estava desempregado e não conseguia uma recolocação no mercado de trabalho. Sem ter como arcar com as próprias despesas, ele acabou sendo acolhido pela irmã e passou a morar na casa da família, em Vitória, onde teriam acontecido os abusos. Tio e sobrinha viveram sob o mesmo teto por cerca de oito meses.
