Polícia

Homem baleado diz que teve atendimento negado em hospital de Vila Velha

A vítima disse que foi socorrida por amigos e levado para o hospital particular. Como não conseguiu atendimento, por estar sem documento, foi para um hospital público

O jovem conseguiu atendimento em um hospital público Foto: TV Vitória

Um homem, que foi baleado durante uma tentativa de assalto em Vila Velha, afirma que teve o atendimento negado em um hospital particular. O gerente administrativo contou que levou um tiro no braço, depois que saiu de carro de casa.

“Eu saí de casa por volta das 13h30 e andei bem devagar com o carro. O vidro estava aberto. Era um domingo tranquilo e o dia estava bonito”, contou a vítima.

Ele disse que dois homens entraram na frente do carro e insistiram para ele parar o veículo. Nervoso com a situação, ele deixou o carro perder força. O barulho do veículo morrendo assustou os criminosos, que dispararam contra o jovem.

Depois que ouviu o disparo, a vítima acelerou o automóvel e foi embora. Só mais a frente percebeu que o braço estava todo ensanguentado. “Eu pensei que fosse morrer, pois estava saindo muito sangue. Eu até então não sabia que a bala tinha entrado e saído”, afirmou.

Desesperado e sem saber o que fazer, a vítima resolveu dirigir até a região de Novo México, também em Vila Velha, onde mora um amigo. Mesmo com braço ferido ele conseguiu chegar até o local onde foi socorrido. A mãe do amigo foi quem recebeu o jovem. 

“Eu fiquei preocupada porque ele não tem família aqui e é como se fosse meu segundo filho. Ele chegou branco e passando mal. Ele colocou a camisa no braço e meu filho pegou o carro e saiu com ele. Foi muito desespero”, disse ela.

Com a ajuda dos amigos, a vítima foi levada para um hospital particular, pois tem plano de saúde. Chegando ao hospital, e sem os documentos, ele teve a surpresa. “A recepcionista consultou uma enfermeira, e ela disse quem sem meu documento eu não poderia ser atendido, pois isso era procedimento do hospital. Eu disse que meu amigo voltaria para buscar os documentos, mas mesmo assim não adiantou”, afirma.

Mesmo perdendo sangue, o rapaz baleado precisou ir embora e buscar atendimento em outra unidade. “Eu pedi para o meu amigo me levar para um hospital público com urgência, pois eu estava desmaiando de dor e perdendo muito sangue. Eu fui para o hospital Antonio Bezerra de Farias e fiquei surpreso. Sempre ouvi falar mal de hospital público e, por isso, fiz um plano de saúde para ser bem atendido no momento de necessidade. Mas eu fui muito bem atendido no hospital público. Eu fui atendido em menos de cinco minutos”, destacou.

Em nota, a direção do Hospital Vila Velha informou que está apurando o fato. A Unimed Vitoria disse que vai apurar junto ao hospital se o cliente teve o atendimento negado e notificará o hospital em caso de procedimento inadequado. A cooperativa esclarece que para situações como esta conta com o canal contact center que funciona 24 horas e deve ser acionado sempre pelo prestador de serviço para garantir atendimento aos seus usuários.

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