Creche é invadida por vândalos e até brinquedo das crianças é roubado na Serra
A escola atende quase 300 crianças com idades entre dois e cinco anos e todo o material, doado pelas famílias do bairro, foi destruído pelos criminosos
Uma creche foi alvo de vândalos na noite da última terça-feira (26), no bairro Colina de Laranjeiras, na Serra. Testemunhas contaram que dois homens, que aparentavam ser adolescentes, invadiram o Centro Municipal de Educação Infantil Jarbas Silva Filho. Eles destruíram material escolar, sujaram salas e ainda levaram brinquedos das crianças.
A creche atende quase 300 crianças com idades entre dois e cinco anos. O local foi invadido através de um muro gradeado. Os vizinhos contaram que viram quando os jovens saíram do CMEI. Eles deixaram vários brinquedos espalhados pela rua.
“Nós temos uma sala de artes e toda a tinta que foi trazida para cá eles fizeram um estrago”, disse a diretora Márcia Saraiva.
A diretora foi comunicada logo após o crime. Ela contou que acionou o Ciodes imediatamente, mas os policiais só estiveram no CMEI, na manhã desta quarta-feira (27). O local permaneceu como os vândalos deixaram até que a ocorrência fosse registrada. A cena encontrada na sala de aula, chocou a todos, principalmente os alunos.
“Uma menina de dois anos virou para mim e falou que haviam invadido a escola dela. Ela tem o sentimento de pertencer ao local e por isso ficou triste pelo ato. As crianças também ficaram revoltadas”, contou a diretora.
A diretora contou que já trabalhou em várias creches e nunca havia presenciado uma cena assim. O que a entristeceu ainda mais foi que o CMEI foi inaugurado no dia 13 de abril. Só tem três meses de uso. Tudo estava novinho e alguns dos materiais danificados foram doados pelos pais dos alunos.
“A gente luta muito. A escola inaugurou e iniciamos os trabalhos no dia 13 de abril. Apesar de todo o apoio do poder público, a gente precisa de conselho de escola, que não está formado por causa de trâmite no cartório, para gerenciar recurso financeiro para material. Então, o que nós temos hoje, esse material destruído, foi doação das famílias. Num momento de crise, uma destruição dessas é revoltante”, destacou Márcia.
