Polícia

Taxista é esfaqueado após reagir a assalto em Vila Velha

O suspeito embarcou no veículo com duas mulheres. Eles percorreram alguns bairros, pediram para parar em bares e essa atitude deixou o taxista desconfiado

O carro foi encontrado com marcas de sangue Foto: Patrícia Battestin

Um taxista de 58 anos foi esfaqueado durante um assalto no bairro Alvorada, em Vila Velha. O suspeito do crime também ficou ferido. Eliezer Gomes, de 26 anos, estava acompanhado por duas mulheres na hora do crime. Depois de receber atendimento no mesmo hospital que o taxista, ele acabou preso.

O suspeito e as mulheres embarcaram na praça do Ibes. Eles percorreram alguns bairros, pediram para parar em bares e essa atitude deixou o taxista desconfiado. No bairro Alvorada o suspeito anunciou o assalto. O taxista foi rendido com uma faca e reagiu. Eles chegaram a lutar dentro do carro.

O taxista foi ferido no pescoço, na mão e abandonado na rua. O suspeito fugiu com o carro. Logo em seguida o veículo foi localizado no bairro Nossa Senhora da Penha, também em Vila Velha. Dentro dele ficaram a faca utilizada no assalto e as marcas da luta entre vítima e assaltante. O aparelho de som do veículo foi levado pelo criminoso, que logo foi identificado. 

Perto do carro havia sangue e o rastro se estendia por uma calçada e se concentrava embaixo de um interfone. Esse fato chamou atenção da polícia, que mais tarde descobriu que o suspeito é sobrinho dos proprietários da residência e foi até o local pedir socorro. “Ele bateu no portão, chutando, e a gente não via. Eu acordei assustada, meu pai também, pegamos ele o levamos de carro para o hospital”, disse a tia do suspeito.

A dona de casa não fazia ideia do que havia acontecido, mas contou que o sobrinho é viciado em drogas. “Ele é usuário de crack. Estou apavorada, pois a única que está perto dele sou eu. Ele é casado, mas eu não sei o que houve. Eu estou surpresa, pois realmente eu não sei o que aconteceu”, afirmou.

Ela foi com os policiais para o hospital, onde foi descoberto que vítima e assaltante recebiam atendimento no mesmo local. Para a família do taxista do foi um choque. “Me falaram que o cara tinha esfaqueado ele [o taxista] estava ali. Eu procurei, conversei com os policiais e descobri que ele [o suspeito] estava ali mesmo. É chato. Dá vontade de linchar”, revelou a filha da vítima.

Eliezer foi levado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas antes tentou explicar o motivo do crime. “Eu errei e tenho que pagar. As meninas que estavam comigo queriam usar droga”, contou o suspeito.

A filha do taxista estava revoltada com a situação. Ela contou que o pai já foi assaltado várias vezes e por este motivo reagiu. “Ele já tomou uma facada por baixo do peito, mas é o que ele faz, ser taxista. Não tem como o tirar dali, mas ele não aceita ser roubado, pois trabalha a noite inteira para ganhar o dele e aí vem um vagabundo que não faz nada e roubar”, destacou.

Segundo a Secretaria de Saúde (Sesa), a vítima já recebeu alta do hospital.

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