Polícia

Câmeras podem ajudar a identificar suspeito de assassinar cabeleireira em Cariacica

Lucimar Cupertino de Andrade foi morta a facadas dentro de casa, no bairro São Geraldo, na noite de quinta-feira. O ex-namorado dela chegou a ser detido, mas foi solto por falta de provas

Câmeras de segurança podem ter registrado o momento da entrada ou saída do assassino da casa da cabeleireira Foto: TV Vitória

Câmeras de videomonitoramento podem ajudar a polícia a desvendar o mistério em torno do assassinato da cabeleireira Lucimar Cupertino de Andrade, de 36 anos, morta a facadas na noite da última quinta-feira (13), no bairro São Geraldo, em Cariacica. Os equipamentos, que ficam próximo à casa da vítima, local onde ocorreu o crime, podem ter flagrado o assassino chegando ou saindo do imóvel. 

A polícia já solicitou cópias das imagens das câmeras e continua investigando o caso. As investigações estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). A Polícia Civil informou que não poderá fornecer detalhes para não atrapalhar o trabalho de investigação.

O ex-namorado da cabeleireira, um serralheiro de 29 anos, foi o primeiro a ver Lucimar morta dentro de casa. Ele chegou a ser conduzido para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para prestar depoimento na condição de suspeito, mas, segundo a Polícia Civil, foi liberado por falta de provas de envolvimento no crime.

Velório

A cabeleireira foi velada nesta sexta-feira (14), na igreja da qual ela participava. Diversos parentes e amigos estiveram presentes no local para prestar a última homenagem à vítima.

Segundo eles, Lucimar era mãe de dois filhos e uma cabeleireira dedicada à profissão. Ela morava sozinha no segundo andar de um sobrado, em São Geraldo. Os filhos, frutos do primeiro casamento, moram com o pai.

Parentes e amigos de Lucimar lotaram a igreja onde ela foi velada para prestar a última homenagem Foto: TV Vitória

De acordo com Valdeir Martins Milagres, amigo da vítima, o carinho que Lucimar distribuiu para amigos e familiares em vida se refletiu durante a despedida, já que a igreja ficou lotada. "Pela quantidade de pessoa aí você vê a amizade dela. É uma pessoa que nunca ninguém viu nada de inimizade com ninguém. Até a voz dela é muito suave e transmite uma paz para a gente. Realmente foi uma grande maldade o que fizeram com essa menina", lamentou.

Quem também esteve no velório foi Vera Lúcia Martins, amiga da cabeleireira há mais de 20 anos. "Era uma ótima pessoa, mãe, esposa e serva do Senhor. Conheço a Lucimar há muitos anos. É uma grande cabeleireira, muito dedicada naquilo que faz, profissional. Então abalou muito. São Geraldo está abalado. Nós estamos com o coração partido", disse.

O ex-companheiro de Lucimar também esteve presente no velório, mas preferiu não falar com a imprensa. Já um cunhado da vítima aceitou falar com a reportagem da TV Vitória/Record, mas pediu para não ser identificado. Ele disse que acredita na inocência do serralheiro e afirma que o verdadeiro assassino ainda está a solta.

"Eles tinham um bom relacionamento. Inclusive a gente não tem nada que possa abalar tanto a conduta do atual e nem do ex-marido dela. Então a gente espera conseguir chegar no verdadeiro autor", afirmou.

O crime

Lucimar foi morta com dez facadas, segundo a polícia Foto: Reprodução

De acordo com os investigadores da DHPP, a cabeleireira foi morta com mais de 10 facadas e também teve o pescoço cortado. A última vez que os vizinhos viram Lucimar foi por volta das 19h30, horário em que ela chegou em casa.

Segundo a polícia, o ex-companheiro da vítima chegou por volta das 22 horas. Como ele tinha as chaves, entrou e subiu as escadas, mas imediatamente desceu desesperado gritando que a cabeleireira estava morta.

Vizinhos foram até o local foram até o local e constataram a morte da Lucimar. De acordo com eles, o casal estava separado há três meses e, nesse período, o rapaz teria tentado reatar o relacionamento.

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