Capixaba condenado por matar ex-namorada pode ter pena ampliada
O pedido foi feito pelo Ministério Público, através de um recurso apresentado e julho do ano passado, alegando que o réu merecia uma pena superior à que foi definida
Christian Braule Pinto Cunha, condenado pela morte da ex-namorada Bárbara Richardelle, pode ter a pena ampliada. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado (MPES) e seja julgado na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), na próxima quarta-feira (31).
De acordo com o MPES, o recurso busca a revisão da pena aplicada, que foi de 15 anos, por considerá-la injusta. O MPES disse que espera uma pena condizente com o caso, superior à que foi aplicada. No recurso, o Ministério Público argumentou que as circunstâncias qualificadoras julgadas, as circunstâncias judiciais desfavoráveis consideradas e o caso concreto em si, por toda a frieza e crueldade exigem uma pena superior. O recurso foi apresentado no início de julho de 2016.
Segundo o advogado de defesa de Christian, José Guilherme Machado de Victa, o jovem está cumprindo uma pena justa e ele não acredita que possa aumentar. “O Christian foi julgado pelo tribunal do júri, onde foi condenado e o juiz mensurou a pena. O Ministério Público achou que a pena era pouca, mas entendemos que o aumento da pena é incabível. Não posso acreditar que mudarão o entendimento e acredito que a pena será mantida. Ele cometeu um crime, confessou, foi julgado e está pagando em uma pena que foi justa”, destacou.
O crime aconteceu em março de 2014, quando Bárbara Richardelle foi encontrada morta às margens da Rodovia Darly Santos, em Vila Velha. Na época do crime, segundo a polícia, Christian teria confessado e dado detalhes sobre como matou a ex-namorada. Segundo inquérito da Polícia Civil, o rapaz relatou que Bárbara, que era vendedora, havia saído do trabalho e encontrou com ele para conversar. A jovem estaria com raiva porque Christian havia divulgado fotos sensuais dela na internet.
Ele então teria confessado à polícia que esganou Bárbara e que ela caiu no chão. Em seguida, segundo a polícia, o suspeito comprou um churrasquinho e comeu ao lado da jovem caída. Ao perceber que Bárbara havia se mexido, Christian teria pego uma cavadeira e a golpeado na cabeça.
O julgamento aconteceu me junho do ano passado e ele foi condenado a 15 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato da jovem. A sentença do júri foi proferida pelo juiz Eneas Miranda. O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, por não ter dado chance de defesa à vítima e por ter sido cometido por meio cruel.
