Política

TRE-ES suspende propaganda eleitoral do PSDB

O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) determinou a suspensão da propaganda eleitoral do PSDB na televisão. Em sua decisão, o desembargador Sérgio Gama entendeu que os tucanos não deixaram claro o seu programa de governo.

No conteúdo, exibido na última segunda-feira (07), a sigla fez críticas à gestão do governador Renato Casagrande (PSB) a partir de matérias jornalísticas com dados sobre violência e tráfico de drogas. 

Além disso, o vice-presidente do PSDB e pré-candidato ao governo do Estado, Guerino Balestrassi, aparecia na propagando dizendo: “Não é só a economia que conta. Essa violência toda é resultado de uma política social deficiente. Falta sensibilidade ao governo. Falta gostar mais da gente”. 

Ao fim da apresentação, Guerino disparava a seguinte frase: “A mudança tem nome: PSDB”. Diante das críticas, o PSB ingressou com uma ação na Justiça na qual pedia a retirada do conteúdo do ar, alegando campanha eleitoral antecipada.

Outras nove propagandas políticas poderão ser feitas pelo PSDB na TV ainda este mês. Contudo, a inserção alvo de ação judicial, deverá ser substituída por outra nas próximas exibições.

Guerino diz que partido vai recorrer

Em entrevista ao Folha Vitória, o tucano Guerino Balestrassi disse que o partido já foi notificado da decisão judicial e deverá entrar com recurso. 

“O programa reflete o drama vivido pela população do Estado. Foi feito com notícias de jornal. Mostramos na TV o que vemos nas ruas. É lamentável a postura do PSB em um período que a gente completa 50 anos da ditadura militar de usar da força para censurar um programa”, declarou.

PSB diz que está aberto diálogo

Já o presidente regional do PSB, Luiz Ciciliotti, disse que o partido possui boa relação com o PSDB, e que sempre esteve aberto ao diálogo acerca da gestão no Estado. “Sempre estivemos abertos ao diálogo. Poderiam ter nos procurado e apresentado algumas propostas para a condução do Estado. Temos uma boa relação com as lideranças do partido, e com os deputados que estão na Assembleia e na Câmara”.

O socialista disse ainda que lamenta o episódio, mas que a sigla precisava se defender adotando as medidas legais cabíveis. “Usaram um slogan de governo de forma debochada, associando à violência. Não sei de onde partiu isso, mas a movimentação veio num campo, como se já estivéssemos no campo eleitoral. Ainda estamos num período de conversas com os partidos, inclusive com o PSDB. Lamentamos o que houve, mas tivemos que adotar as medidas necessárias”, afirmou.

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