Política

Atos organizados no Facebook pedem impeachment de Dilma após reeleição

Em toda história do Brasil, apenas um presidente da República perdeu o mandato em um processo de impeachment- Fernando Collor de Mello, em 1992

Foto: Divulgação

Após a divulgação dos resultados das eleições realizadas no último domingo (26), que resultou na reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) por mais quatro anos, uma onda de descontentamento tomou conta das redes sociais. Revoltados, eleitores-internautas que eram contra o segundo mandato da petista já articularam uma possível saída da presidente.

Em um site de ativistas conhecido como Avaaz, que promove petições onlines em diversos locais do mundo, foi criado um abaixo-assinado que pretende reunir cinco milhões de assinaturas digitais para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o juiz Geovany Cardoso Jeveaux, para sofrer impeachment, é preciso que a presidente cometa crimes de responsabilidade. 

“É necessário apurar o que diz a lei de crime de responsabilidade, que é a lei que define os crimes. Para acontecer impeachment é preciso que ocorra um crime administrativo público. Algo equivalente ao que aconteceu com o Collor. Um caso típico de apropriação pública. É preciso provar que houve favorecimento ou apropriação do dinheiro público. Se provado, acontece um julgamento específico, no Congresso Nacional”, afirmou.

Segundo o magistrado, se as denúncias relativas ao esquema para desviar recursos da Petrobras para financiar partidos políticos foram comprovadas, o pedido de impeachment pode ser validado.   

Até a manhã desta segunda-feira (27), mais de 800 mil pessoas aderiram à campanha que afirma ter sido criada "para acabar com a corrupção, desvio de dinheiro público, sucateamento da saúde, das estradas, da educação, segurança pública e outros", conforme o site. 'A presidente Dilma, que foi eleita pelo povo brasileiro, está traindo o povo e dando continuidade ao idealismo esdrúxulo do PT', diz a petição.

Em toda história do Brasil, apenas um presidente da República perdeu o mandato em um processo de impeachment- Fernando Collor de Mello, em 1992. Contra o ex-presidente, que renunciou momentos antes do início do julgamento no Congresso, foi aberta uma CPI que encontrou fortes indícios de corrupção.

Se deposta, Dilma dará lugar ao seu vice, Michel Temer (PDMB). Caso as denúncias alcancem Temer, realizam-se novas eleições diretas 90 dias depois do último impedimento, se não tiver transcorrido ainda na metade do mandato. Se os impedimentos ocorrem nos dois anos finais, o Congresso tem 90 dias para eleger o titular do Executivo que concluirá o período.

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