Política

Ex-presidente do PSB nega envolvimento em suposta compra de votos em Itapemirim

Macaciel disse que não recebeu nenhuma notificação da polícia, ou Justiça Eleitoral, mas que está disposição das autoridades competentes para a apuração do caso

Macaciel disputou as eleições como deputado estadual Foto: Reprodução Facebook

O ex-candidato e ex-presidente estadual do PSB, Macaciel Breda, negou, nesta quarta-feira (08), as acusações de suposta compra de votos em favor de sua candidatura, no município de Itapemirim, região Sul do Espírito Santo. O caso foi denunciado pela Polícia Federal, por meio da "Operação Mercancia", no último domingo (05).

Segundo Macaciel, ele ficou sabendo do caso por meio da imprensa, e sentiu-se “triste” e “surpreso”. O ex-candidato admitiu ter realizado campanha no município, mas disse que agiu dentro do que determina a legislação eleitoral. “Fiz uma campanha simples, dentro das regras legais e dos meus princípios. Fiz apenas caminhadas na região, nada além disso”, afirmou.

Ele também disse que ainda não recebeu nenhuma notificação da polícia, ou Justiça Eleitoral, mas que está disposição das autoridades competentes para a apuração do caso. “Estou cuidando da minha prestação de contas. Não recebi nenhuma notificação, e estou à disposição para esclarecimentos”.

Depoimentos a partir do dia 15

De acordo com o delegado da Polícia Federal em Cachoeiro de Itapemirim, Everton Manso, os suspeitos de envolvimento na compra de votos deverão ser ouvidos a partir do próximo dia 15.  Segundo o delegado, não é possível estabelecer prazo para a conclusão das investigações. 

Entenda o caso

No último domingo (05), um casal foi preso em flagrante, no município de Itapemirim, acusado de suposta compra de votos. Segundo a Polícia Federal, no momento do flagrante, o casal estava com R$ 190 mil, que seria utilizado para a suposta compra.

Nesta quarta-feira (07), o delegado Everton Manso confirmou que a suspeita é de que a suposta compra pudesse favorecer a campanha de Breda. 

Segundo a polícia, as investigações se iniciaram na última semana a partir da denúncia de que um primo de um político local estaria de posse do dinheiro com a finalidade de comprar o voto dos eleitores em favor de um candidato a Deputado Estadual.

Durante a semana, agentes da Polícia Federal acompanharam a movimentação dos suspeitos de participação no esquema, tendo encontrado indícios de que o dinheiro estaria sendo guardado na residência do acusado.

Os valores eram entregues em quantias menores aos cabos eleitorais, normalmente ligados a lideranças comunitárias, para compra de votos em favor do candidato a deputado. Segundo foi apurado pela polícia, cada eleitor receberia em torno de R$ 200,00 para dar seu voto e obter o voto de familiares, o que garantiria mais de mil votos a favor do candidato beneficiado pelo esquema. 

O casal foi preso em flagrante pelo crime de captação ilícita de sufrágio, delito cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão. Os presos foram liberados após o pagamento de fiança no valor de 20 salários mínimos.

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