Política

Diretora da Câmara de Cariacica registra ponto, mas deixa expediente para viajar com família

Uma rede social foi peça fundamental para descobrir a fraude da marcação de ponto de uma servidora da Câmara Municipal de Vereadores de Cariacica

Servidora acusada de adulterar ponto de frequência em Cariacica Foto: Divulgação

Uma servidora da Câmara Municipal de Cariacica é acusada de fraudar a própria marcação de ponto. Fabiane Almerinda Medeiros de Souza, é diretora geral da Casa, responsável por fiscalizar os pontos de todos os funcionários, inclusive o dela. Porém no dia 09 e 10 de outubro, uma quinta e sexta-feira, sua assinatura aparece normalmente no horário de expediente, enquanto fotos em uma rede social mostram que ela estava dentro de um avião, com esposo e filhos rumo ao Rio de Janeiro.

Nos dias 09 e 10 enquanto o ponto dela registra sua entrada às 12 horas e saída às 18, na rede social uma foto marca a hora de 14h39 dentro de um avião. No sábado, 11 de outubro, outras fotos comprovam que na sexta-feira ela também não foi trabalhar.

No dia 24 do mesmo mês mais uma falha da diretora, que assinou o ponto normalmente como se tivesse trabalhado até às 18 horas, quando às 16h15 ela postou uma foto no site de relacionamento ao lado do marido seguindo viagem para as montanhas capixabas. 

A servidora falou que a falha aconteceu apenas em um dia e não em três como as fotos postadas por ela mesma, mostram. “Fiz uma viagem e conflitou o ponto". Ela diz que tem fama de chata no Legislativo justamente por ser exigente no controle de frequência dos demais funcionários. 

O cargo de diretora geral da Câmara Municipal de Vereadores é comissionado, um cargo dado a pessoas de confiança. A folha de pagamento da Casa mostra que o salário de Fabiane é de R$ 3.717,70. 

Marcos Bruno Bastos, presidente da Câmara, explicou que a direção já tomou conhecimento sobre o fato e como punição o ponto da servidora será cortado nos dias em que ela se ausentou. 

Para Rodrigo Rossoni, membro da ONG Transparência Capixaba, ela poderia sofrer penalização maior, e ser até afastada. “O funcionário pensa que está sendo perseguido, e não que está sendo fiscalizado pelo povo”, destacou. 

Pontos moeda