Política

Capixabas prometem ir às ruas em protestos contra e a favor da presidente Dilma Rousseff

Manifestações no dia 13, próxima sexta-feira, convocada pela CUT, UNE e trabalhadores do campo e no dia 15, domingo, convocado por profissionais liberais estão na agenda do capixaba

Manifestações pró e contra a presidente Dilma Rousseff estão marcadas para o fim da semana Foto: Estadão Conteúdo

A cor oficial da manifestação de domingo (15) na Praça do Papa, em Vitória, é o amarelo, talvez o verde e o azul. Mas o preto poderá despertar a atenção especial da Polícia Militar, que já foi comunicada do protesto. Isto porque os organizadores do “Fora Dilma” querem evitar qualquer incidente ou mesmo quebra-quebra provocado pelos chamados black blocs.

Durante as manifestações de junho de 2013, eles foram acusados de provocar prejuízos em instituições bancárias e prédios públicos. Para evitar esse tipo de vandalismo é que os organizadores procuraram a PM para que possa monitorá-los.

Segundo Dárcio Bracarense, um dos organizadores da manifestação, o volume de pessoas é algo imprevisível. Ele chegou a cogitar uma participação numerosa semelhantes às de junho de 2013.

“Indignação não pode ser medida. No Brasil inteiro tem pessoas insatisfeitas, incluindo as pessoas que votaram na Dilma, como é o caso da Bahia. Elas estão insatisfeitas porque ela está fazendo exatamente tudo o que ela disse que os adversários fariam. Minha expectativa é o despertar das consciências”, disse Bracarense.

Segundo Armando Fontoura, outro organizador do protesto, será proibido o uso de bandeiras de partidos. Ele explicou que o movimento é apartidário e quem quiser participar não deverá se identificar como membro de um partido.

“As pessoas têm uma visão negativa dos partidos. Então, quem estará lá são os empresários, estudantes, sindicalistas, a sociedade civil organizada sem bandeiras de partidos. Haverá tribuna popular com falas credenciadas”, explicou Fontoura.

Armando explicou que dentro do grupo existem pessoas que defendem o impeachment da presidente, outro defende o afastamento e outro grupo ainda defende a renúncia.

Outra informação sobre o protesto é que as pessoas ficarão somente na Praça do Papa e não haverá locomoção. Lá haverá um trio elétrico, sonorização, faixas, banners e fogos de artifício.

DIA 13 TEM MANIFESTAÇÃO

Uma data escolhida a dedo ou uma simples coincidência? Pelo sim ou pelo não, a verdade é que nesta sexta-feira (13) a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e várias centrais sindicais, o Fórum Campo Cidade, União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras representações estudantis e profissionais liberais estão convocando a população para uma manifestação em prol da Petrobras, pelo fim do financiamento privado de campanha em uma esperada reforma política e o respeito a direitos de trabalhadores e pensionistas.

A concentração será às 16 horas, em frente a Ufes. Depois, o protesto seguirá pela avenida Nossa Senhora da Penha (Reta da Penha), seguindo até a sede da Petrobras.

Segundo a presidente da CUT-ES, Noêmia Simonassi, o ato público tem três eixos de defesa, prioritariamente. “É necessário defender a Petrobras enquanto patrimônio do povo. Existe um movimento internacional querendo desvalorizar a empresa para que ela seja privatizada com preços bem baixos. Também defendemos a reforma política no que diz respeito ao financiamento de campanha. Isso é a raiz do problema de corrupção no Brasil. E outro ponto de nossa manifestação é sobre as alterações que querem fazer no seguro-desemprego e nas pensões por morte”, detalhou Noêmia.

Segundo ela, os manifestantes querem demonstrar sua insatisfação com a retirada de direitos dos trabalhadores com a modificação na legislação trabalhista. Da mesma forma, irão defender os direitos dos beneficiários que recebem pensão por morte.

Quanto à defesa da Petrobras, Noêmia foi enfática ao dizer que o problema é mais profundo e mais antigo.

“A corrupção é um problema antigo no Brasil. Essa é uma doença que existe no País, sempre existiu. Todos têm direito à ampla defesa e o contraditório. Mas provando a corrupção, é preciso prender e fazer que se devolva o dinheiro desviado”, salientou a presidente da CUT.

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