Política

Projeto da Escola Viva sai da urgência na Ales para abrir diálogo com alunos e professores

“Coerente com a nossa prática do diálogo permanente, orientei ao líder do governo na Ales, Gildevan Fernandes, a retirada do regime de urgência do Projeto Escola Viva", disse PH

Haroldo Rocha explica que Escola Viva vai proporcionar um reequilíbrio no acesso ao ensino superior Foto: Divulgação/Governo

O governador Paulo Hartung (PMDB) orientou o líder do governo, Gildevan Fernandes (PV), a retirar a urgência do projeto de lei que cria a Escola Viva. Ele disse que está aberto ao diálogo e espera reunir novas ideias a partir do diálogo com alunos e professores. Empolgado com o programa, o secretário de Educação, Haroldo Rocha, espera dar início à conversa.

Na última terça-feira, alunos e professores lotaram as galerias para participar de audiência pública na Assembleia Legislativa que debateu a criação da Escola Viva, um programa que estabelece a permanência dos alunos em tempo integral nas escolas.

Ao sentir a reação dos corpos docente e discente, o governador pediu a retirada da urgência do projeto. E ele comentou em uma rede social:

“Coerente com a nossa prática do diálogo permanente, orientei ao líder do governo na Assembleia Legislativa, Gildevan Fernandes, a retirada do regime de urgência do Projeto Escola Viva, uma proposta inovadora do nosso governo para uma área que consideramos prioritária no Estado e no país. Entendo que, com a ampliação desse diálogo, o conteúdo da proposta pode ser compreendido em sua plenitude e receber contribuições”, postou.

O secretário de Educação reafirmou a necessidade de se aprovar o projeto com a criação da Escola Viva, que acaba por cumprir uma determinação do Plano Nacional de Educação que determina que até 2024 50% das escolas e dos alunos do ensino médio deverão estar estudando em tempo integral.

“Procuramos saber qual a melhor experiência que existia no Brasil. E descobrimos a Organização Não Governamental Instituto de Corresponsabilidade pela Educação, que nasceu em 2003. Hoje funciona no Ceará, Goiás, Pernambuco, Sergipe, São Paulo. O sexto estado que poderá ter esse modelo implantado é o Espírito Santo”, disse o secretário de Educação.

Alguns dados foram apresentados por Haroldo Rocha durante a audiência pública. Uma delas aponta que 86% dos alunos frequentam a rede pública de ensino e estudam apenas meio expediente. No entanto, seus maiores concorrentes na hora do acesso ao ensino superior são em menor número, mas com tempo integral bancado pelos pais.

“São 13% de alunos nas rede privada. A maioria frequenta escola em tempo integral. Nas unidades do Ifes esse número é de 1%. Então, essas diferenças mantêm a desigualdade social. Com a Escola Viva os alunos da rede pública terão acesso ao ensino em tempo integral. Eles terão transporte de graça na região metropolitana. Quando estiverem nas escolas terão lanche de manhã, almoço e lanche à tarde”, detalhou Rocha.

Segundo o secretário de Educação, é o momento de ouvir alunos e professores. “A Escola Viva terá uma equipe de servidores efetivos, assim como professores, trabalhando única e exclusivamente nessas escolas com dedicação exclusiva. Eles também ganharão mais. Haverá uma equipe permanente para aprimorar mais a aprendizagem”, explicou o secretário.

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