Empresas devem fechar as portas e liberar funcionários durante protesto em Vitória
Até esta quarta-feira, 45 sindicatos e associações haviam confirmado apoio ao movimento. Eles estão orientando os estabelecimentos a liberarem seus funcionários durante o ato
Os sindicatos patronais que prometeram aderir à greve geral, programada para esta sexta-feira (15), em Vitória, estão orientando as empresas que representam a liberarem seus funcionários, pelo menos em parte do expediente, para que eles também participem da manifestação. Até esta quarta-feira (13), 45 sindicatos e associações haviam confirmado apoio ao movimento.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Madeiras e Atividades Correlatas do Espírito Santo (Sindmadeira), José Leonidas Ribeiro, a orientação do sindicato às empresas ligadas à entidade é de que não funcionem das 7 às 10 horas. "Cada estabelecimento tem autonomia para decidir se vai aderir à paralisação ou não. Mas nós do sindicato estamos aconselhando a não abrirem nesse período, para fortalecer o movimento", destacou.
O presidente da Força Sindical no Espírito Santo, Alexandro Martins Costa, disse que pelo menos 16 sindicatos filiados à instituição garantiram adesão à greve geral. Segundo ele, a orientação é de que eles comuniquem sobre a paralisação às empresas que representam, para que elas também reforcem o movimento.
Quem também está orientando pelo não funcionamento dos estabelecimentos na sexta-feira é a Associação dos Comerciantes da Glória (Uniglória). Segundo o presidente da instituição, Márcio Ambrósio, cerca de 1,2 mil lojas da região foram aconselhadas a não funcionarem das 9 às 11 horas.
"Estamos pedindo para que os lojistas vistam verde e amarelo e participem dessa manifestação. Mas é claro que cada estabelecimento vai decidir se vai aderir ou não ao movimento", ressaltou.
Protesto
O protesto de sexta-feira deverá acontecer em quatro pontos na Grande Vitória, a partir das 7 horas: na Avenida Elias Miguel, na Vila Rubim; nas pontes da Passagem e de Camburi; e na Avenida Carioca, em Vila Velha, que dá acesso à Terceira Ponte. Segundo a organização, os integrantes do movimento serão divididos nesses quatro pontos e, em todos eles, o trânsito ficará parcialmente interditado.
Já no domingo (17), a concentração será na Praça do Papa, em Vitória, por volta das 14 horas. Parte dos manifestantes deve se concentrar nas imediações do posto Moby Dick, na Praia da Costa, em Vila Velha, e atravessará a Terceira Ponte, rumo ao local do protesto. Para esse dia, a organização espera que cerca de 200 mil pessoas passem pela Praça do Papa, ao longo do dia.
Para a manifestação, serão instalados dois telões de led na Praça do Papa. A intenção é transmitir, em tempo real, a votação do processo de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados.
Os dois telões foram alugados pela organização da manifestação. Os painéis têm quatro metros de largura por dois metros de altura. Segundo a organização, foram gastos R$ 4 mil para o aluguel do equipamento. O dinheiro foi doado por empresários que apoiam o protesto.
