Saúde

Dengue: vacinas que não foram usadas serão redistribuídas, anuncia Ministério da Saúde

Definição de quais municípios receberão os imunizantes será feita com base em um ranking de necessidade entre os municípios que decretaram emergência de saúde devido à doença

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Takeda | Divulgação

Os imunizantes contra a dengue que não foram usados pelos municípios selecionados nessa etapa inicial de vacinação serão distribuídos para outras cidades nos próximos dias. A informação foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (20).

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De acordo com a ministra, a definição de quais municípios receberão os imunizantes será feita com base em um ranking de necessidade entre os municípios que decretaram emergência de saúde devido à doença. Ela informou que mais detalhes serão divulgados nos próximos dias.

Ainda segundo a chefe da pasta, será liberado um novo orçamento de R$ 300 milhões para Estados e municípios comprarem medicamentos usados no tratamento da dengue.

Ainda durante a coletiva, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, atualizou os dados sobre a doença. Até o momento, mais de 1,9 milhão de casos prováveis dengue foram registrados no País em 2024, o que representa uma incidência de 954 casos por 100 mil habitantes. São 630 óbitos confirmados e mais de mil em investigação.

A vacinação

Em fevereiro, o Ministério da Saúde iniciou a distribuição da Qdenga, vacina contra a dengue produzida pela farmacêutica japonesa Takeda. Como o número de doses é limitado, o público a ser vacinado foi restrito aos jovens de 10 a 14 anos de 521 municípios, de 16 Estados, além do Distrito Federal.

Com o aumento do número de casos, municípios que não foram contemplados inicialmente começaram a reivindicar o envio de imunizantes. É o caso da cidade de São Paulo, que decretou emergência de saúde em decorrência da doença na última segunda-feira, 18. De acordo com a Secretaria de Saúde de SP, foram enviados quatro ofícios ao Ministério da Saúde pedindo a liberação de doses para o município.

Vale destacar que o combate à dengue não se restringe à imunização, segundo o Ministério da Saúde. Até porque são necessárias duas doses, oferecidas em um intervalo de três meses. Ou seja, a medida não é vista como solução para a epidemia deste ano, como a ministra vem destacando.

É fundamental, neste momento, evitar a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença. Isso é feito sobretudo através do controle dos locais com água parada, como caixas d´água e pneus velhos, que são focos de reprodução do vetor.

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