Saúde

Monja Coen: como funciona quimioterapia em creme para câncer de pele? Entenda

Médica oncologista explica o que é o tratamento, como é feito e em quais casos é indicado. Saiba mais

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Lucas Ramos / AgNews

Há cerca de uma semana a Monja Coen fez uma publicação em uma de suas redes sociais onde relatou estar com câncer de pele. No vídeo, ela mostra as lesões no rosto e na cabeça e diz que está sendo tratada por meio de uma quimioterapia tópica

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"Olha o que tá acontecendo com a minha cara. Sabe o que é isso? É câncer. Câncer de pele. Olha aqui em cima. Eu tô fazendo uma quimioterapia com uma pomadinha que você passa e ela vai fazer ferida. Onde tiver câncer, vai fazer ferida e depois a ferida sai e o câncer sai junto", disse.


Mas o que é o tratamento quimioterápico por meio de pomada? Quando é usado? Segundo a médica oncologista Juliana Alvarenga, o termo 'quimioetrapia tópica' "se refere a forma de administração da quimioterapia, ocorre quando o medicamento é aplicado diretamente na pele. Atua sobre a camada superficial da pele".

O tratamento é indicado em casos de câncer de pele não melanoma, como o carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, assim como em lesões pré-cancerígenas (queratoses actínicas), explicou a especialista. É usada de modo isolado em lesões superficiais.

O tempo de duração vai variar conforme o tipo de lesão de pele a ser tratada, podendo levar de duas a 12 semanas, ou até mais.

Foto: Reprodução/Instagram @monjacoen

O que é o câncer de pele? Conheça os sintomas

O câncer de pele, como o próprio nome já sugere, é um tipo de câncer que se desenvolve nas células da pele (epiderme). "Câncer é uma célula que sofreu uma mutação que está se desenvolvendo sem um controle do organismo", explicou o médico-cirurgião de cabeça e pescoço Marco Homero de Sá.

A doença é séria e pode, sim, matar. Por isso é importante conhecer os sinais e buscar ajuda profissional. Homero destaca que, de modo geral, não é agressiva, mas tem formas severas e se não houver tratamento adequado pode se tornar mais avançada se espalhando para órgãos vitais.

"Os sintomas normalmente não têm. Às vezes tem uma coceira, um prurido, que a gente fala, mas normalmente não dói. É uma pinta, ou uma mancha, ou uma ferida de pele que não cicatriza", destacou. 

Outro ponto importante está relacionado a mudanças, alterações nos formatos das pintas. Muitas pessoas, inclusive, têm pintas ou manchas desde que nascem. Qualquer mudança pode ser um indício de câncer. "A preocupação é, principalmente, em áreas de exposição solar por que o câncer de pele tem relação com a exposição solar".

Machucar um pinta pode virar câncer de pele: mito ou verdade?

O cirurgião alerta ainda que é possível que uma pinta se torne um câncer. Como exemplo, o especialista menciona pintas que ficam na região da alça do sutiã e que estão sempre machucando. Os chamados traumas crônicos podem predispor a transformação maligna daquele local.

Prevenção do câncer de pele

1. Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;

2. Procure caminhar em lugares com sombra;

3. Use roupas, bonés ou chapéus de abas amplas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas;

4. Antes da exposição ao sol, aplique filtro solar com fator de proteção no mínimo 30. Lembre-se de reaplicar a cada duas horas;

5. Os lábios também deverão ser protegidos;

6. Atenção para os dias nublados: eles também pedem proteção.

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