Saúde

"Cãoterapia": visita canina leva alegria e esperança a paciente de Hospital em Vitória

O objetivo é promover um ambiente mais humanizado, além de ser uma ferramenta que proporciona os períodos de internação mais leves

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução/Sesa-ES

Durante a semana dedicada a humanização no Sistema Único de Saúde, uma visita inédita conquistou profissionais e, em especial, uma paciente internada na UTI do Hospital Estadual de Urgência e Emergência “São Lucas”, em Vitória. 

Aos 11 anos de idade, o cão "Fofinho", sem raça definida, foi resgatado ainda filhote em uma feira por sua tutora, Jacy Premoli, que está há mais de uma semana internada na unidade. 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade de Saúde no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

A paciente, uma simpática senhora de 91 anos, agradeceu à equipe pela visita de seu animal de estimação, considerado como “filho” por ela. Jacy fez questão de repetir, enquanto o abraçava, que ia se recuperar logo para voltar para casa e cuidar dele.

Segundo a secretaria de estado da Saúde, essa primeira visita canina na unidade  abriu as portas para que a “cãoterapia” se torne mais uma ferramenta para tornar o período de internação do paciente mais leve.

Família emocionada com a visita

A família de dona Jacy se emocionou com a chegada de Fofinho, que não desgrudou da tutora durante todo o tempo que esteve no hospital. As sobrinhas Kely e Camila Matias contaram que a tia deu entrada na unidade em decorrência de uma fratura no fêmur. 

“Sabíamos que o hospital era referência em trauma, mas não imaginamos encontrar uma equipe tão cuidadosa, um ambiente tão acolhedor e organizado. Só temos a agradecer por todo carinho, cuidado e profissionalismo com a minha tia. Ela, e nós também, só temos elogios”, comemorou Kely.

Terapia ajuda a afastar a depressão e o medo 

A psicóloga Jauberleia Batista, que acompanha os pacientes da UTI, comemorou a visita e reforçou a importância da iniciativa, não só para a paciente, mas como uma terapia promissora que já é uma realidade em grandes hospitais do País. 

Segundo a profissional, a “cãoterapia” tem se mostrado uma forma válida de melhorar a interação entre os pacientes e a equipe multiprofissional, minimizar os efeitos negativos da internação, como a solidão e o medo. Vale destacar que os animais devem passar por uma rigorosa triagem e as visitas acompnhadas do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), como foi feito com o Fofinho.

“Além de muita emoção, esse encontro promoveu uma melhora nítida na condição da paciente, que se mostrou mais motivada e teve até uma melhora de apetite, ficou mais comunicativa e muito grata. A equipe também ganhou muito, já que todos se emocionaram ao ver a alegria do cãozinho e da paciente durante o reencontro. Estamos ansiosos para que momentos como o de hoje se repitam”, concluiu a psicóloga.

LEIA TAMBÉM: Febre Oropouche no ES: número de casos confirmados chega a 18

Pontos moeda