Saúde

O que se sabe sobre a febre do Oropouche: causas, sintomas e tratamento

Até o momento já foram confirmados oito casos no Espírito Santo. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 1.872 amostras foram analisadas

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução redes sociais

Com casos confirmados de febre do Oropouche no Espírito Santo, muitas pessoas podem se perguntar do que, afinal, se trata a doença. O nome não é muito conhecido, mas é preciso se precaver para não ser acometido.

O que é a febre do Oropouche?

A doença é causada por um arbovírus, ou seja, víruas transmitido por artrópodes. Trata-se de um inseto bem pequeno, de um a três milímetros, popularmente conhecido como "maruim" ou "mosquito pólvora".

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Sintomas da febre 

A atenção para os sintomas da doença precisam ser redobrados, uma vez que os sinais podem ser parecidos com outras arboviroses, como dengue, chikungunya e febre amarela,

Apesar disso, aspectos ecoepidemiológicos dessas doenças possam se manifestar de maneiras diferentes.

As manifestações clínicas da infecção por OROV são parecidas com o quadro clínico de outras arboviroses, como dengue, chikungunya e febre amarela, embora os aspectos ecoepidemiológicos dessas arboviroses sejam distintos.

- Febre de início súbito;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Mialgia (dor muscular);
- Artralgia (dor articular).
- Tontura;
- Dor retro-ocular;
- Calafrios;
- Fotofobia;
- Náuseas;

- Vômitos.

Como acontece a transmissão

Há dois ciclos de transmissão descritos: silvestre e urbano. Até o momento não há evidência de transmissão direta de pessoa a pessoa.

Após a infecção, o vírus permanece no sangue dos indivíduos infectados por 2-5 dias após o início dos primeiros sintomas. O período de incubação intrínseca do vírus (em humanos) pode variar entre 3 e 8 dias após a infecção pela picada do vetor.

Casos no Espírito Santo 

Até o momento já foram confirmados oito casos no Espírito Santo. Segundo a secretaria de estado da Saúde (Sesa-ES), 1.872 amostras foram analisadas por meio de RT-PCR desde o último dia 1º de abril. 

Destas amostras, retornaram com resultado positivo: encaminhadas por Colatina, uma de Vitória, outra em Sooretama e uma última enviada por Rio Bananal. 

Ainda de acordo com a pasta, apesar de terem sido identificados oito casos, a positividade para a Febre Oropouche ainda é baixa (0,42%).

“É uma doença que não apresenta letalidade, até o momento, e tem sintomas muito parecidos com os da dengue – febre, dor no corpo e dores nas articulações. É essencial o diagnóstico laboratorial para um acompanhamento efetivo dos casos, bem como as ações de vigilância epidemiológica municipais para monitoramento da situação”, destacou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.

Como se prevenir

As medidas para a prevenção da febre de Oropouche envolvem o manejo mecânico do ambiente e medidas de proteção individual.

Manejo mecânico: mantenha árvores e arbustos podados, de forma a aumentar a insolação no solo, retire o excesso de matéria orgânica (folhas, frutos e etc.); mantenha terrenos baldios livre de matos, dependendo da situação, e o plantio de grama pode ajudar a manter a população de maruins sob controle. Abrigos de animais (aves, suínos, bovinos e outros) devem permanecer sempre limpos.

Medidas de proteção individual: o uso de repelentes e roupas compridas pode ajudar a diminuir as picadas.

Telas em portas e janelas, como barreiras físicas, recomendados em alguns casos, não surtem muito efeito devido à necessidade dessas telas terem uma gramatura muito pequena, e esse fato acaba por reduzir a circulação de ar dentro dos imóveis.

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