Polícia

Suspeito de matar policial já havia sido preso por estupro, tráfico e roubo

Joberto Gil Cardoso, de 47 anos, cumpre pena na Penitenciária Estadual de Vila Velha e recebeu o benefício de saída temporária no dia do crime

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Montagem / Folha Vitória

O suspeito de assassinar o policial civil aposentado José Maria Gagno Intra, de 56 anos, identificado como Joberto Gil Cardoso, de 47 anos, estava preso pelo crime de estupro de vulnerável na Penitenciária Estadual de Vila Velha. Ele recebeu o benefício de “saidinha” na terça-feira (7), dia do crime. 

Além disso, segundo a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), Joberto já havia sido preso no ano de 2013 por furto e roubo, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo. Ele retornou ao sistema prisional em junho de 2019. 

A morte de José Maria aconteceu em um bar localizado em Balneário Ponta da Fruta, em Vila Velha. Ele era cunhado do seu próprio assassino. 

Pessoas que estavam no local contaram que o policial e a esposa chegaram ao estabelecimento e, assim que se aproximaram do suspeito, Joberto efetuou os disparos. 

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Após o novo crime dessa semana, realizado contra o cunhado, Joberto foi preso e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).

Família denuncia que mulher encomendou crime para ficar com pensão

Em entrevista à reportagem da TV Vitória/Record, os irmãos do policial, identificados como Nério Intra Filho e Margarida Maria Gagno Intra, alegam que o crime foi planejado para que a mulher da vítima pudesse receber a pensão, que chegaria a R$ 15 mil.

Foto: Arte/Folha Vitória

Nério diz que o crime foi premeditado e que a mulher do policial morto viu “fragilidade no irmão”. O casal estava casado há pouco tempo, menos de dois meses. Nério, inclusive, declara que a mulher apenas aceitou casar sob o regime de comunhão universal de bens.

"Com certeza foi tudo articulado, bem planejado. O antecedente dele é terrível. Ele é malquisto até pelo tráfico, de tão terrível que é! Meu irmão estava casado com ela há menos de dois meses e ela só aceitou casar com ele por comunhão universal de bens. Só ela usava o cartão dele. O salário dele passou a ser R$ 15 mil. O objetivo dela era esse", contou Nério em entrevista.

Margarida Maria também acredita na versão de que a morte do aposentado foi encomendada pela esposa da vítima.

"Ele (o suspeito) saiu da prisão no mesmo dia e ela arquitetou o crime, é muita coincidência. A mulher casou com ele há um mês em meio, pensando em receber o salário dele e os direitos que ele tinha porque visualizou nele uma pessoa vulnerável. Mas ela está na condição de testemunha. Eu não admito isso. Foi tudo intencionado e arquitetado", disse Margarida.

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