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Ampliar tempo mínimo de contribuição pode mais atrapalhar do que ajudar, diz Maia

Proposta de reforma enviada pelo Governo ao Congresso traz intenção de aumentar tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) reforçou nesta segunda-feira, 25, que é discutível a proposta do governo para aumentar o tempo mínimo de contribuição para a Previdência, de 15 para 20 anos, prevista na reforma enviada ao Congresso.

"Se 70% das pessoas já não conseguem se aposentar pelo tempo de contribuição, e você faz uma ampliação muito rápida, de 15 para 20, essa pode ser uma decisão que mais atrapalha do que ajuda", disse o parlamentar, em entrevista a jornalistas, depois de participar de evento no jornal Folha de S.Paulo.

Maia, contudo, se colocou à disposição para ouvir a defesa que o governo fará desse item. "Se a equipe técnica do governo fez essa reforma, e eu conheço todos, são pessoas sérias, vamos ouvir os argumentos para ver se tenho razão ou não", comentou.

O presidente da Câmara, além disso, considerou questionável a estratégia do governo em fazer a articulação política por meio das bancadas temáticas. Ele ressaltou que as bancadas temáticas têm demandas específicas e isso pode resultar em negociações não saudáveis. "É preciso tomar cuidado", afirmou.

Para ele, a negociação deveria se dar por meio das bancadas dos partidos. "O que tem de mais orgânico são os partidos", disse.

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