Economia

Espírito Santo é líder nacional na cultura e produção de inhame

O tubérculo desempenha um importante papel na alimentação dos brasileiros, e é amplamente consumida em diversas regiões do país e do mundo

Redação Folha Vitória

Foto: Divulgação

O Espírito Santo conquistou a liderança nacional na produção de inhame. O Estado é responsável por 44% da produção do tubérculo no Brasil, gerando novas oportunidades de negócios, além de emprego e renda para as famílias rurais.

Em 2023, estima-se que a produção de inhame no Espírito Santo foi de aproximadamente 98,5 mil toneladas em uma área de 3,3 mil hectares, com produtividade média de 29,7 toneladas por hectare.

Visto que o inhame desempenha um importante papel na alimentação dos brasileiros, por ser uma raiz tuberosa versátil e nutritiva amplamente consumida em diversas regiões do país e também em diversos países pelo mundo.

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Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, o inhame é mais um assunto que dá mérito ao protagonismo do Espírito Santo na produção agrícola.

"Entre os mais de três mil estabelecimentos rurais que produzem a raiz no Estado, 88% são da agricultura familiar. A produção estadual abastece principalmente o mercado interno, mas também avançamos no comércio exterior. No ano passado, o inhame capixaba chegou a 19 países, sendo Estados Unidos e Reino Unido os principais consumidores”, ressaltou Bergoli.

De acordo com a Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura (Seag), a renda rural gerada com a produção de inhame no ano de 2022 foi de R$ 363,8 milhões (1,5% do Valor Bruto de Produção Agropecuária), no grupo de olericultura, sendo o segundo maior valor gerado depois do tomate (R$ 587 milhões). 

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Naquele mesmo ano, a produção atingiu 107,6 mil toneladas, o maior já registrado no Estado, em uma área de 3,3 mil hectares.

Cerca de 30 municípios produzem inhame no Espírito Santo. Alfredo Chaves lidera com 28,4% da produção estadual, seguido por Laranja da Terra (27,8%) e Marechal Floriano (9,8%). Outros 27 municípios produziram em menor escala.

Segundo João Medeiros, existencionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em Alfredo Chaves, os trabalhos de extensão rural relacionados ao cultivar do inhame continuam na região.

"Realizamos o trabalho de assistência técnica do inhame aqui na região e em todo o estado. Estamos à disposição para atender os produtores. A atividade do inhame no município de Alfredo Chaves envolve cerca de 800 famílias da agricultura familiar", ressaltou.

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Jandir Gratiere é produtor, pesquisador e diretor-executivo da Associação dos Produtores de Inhame, em Alfredo Chaves. Detentor da marca “O Rei do Inhame” ele tem o cultivo da cultura na sua família, transmitido de geração em geração. 

Foi seu bisavô, Francesco Eugenio Gratiere, que chegou à região em 1983, e encontrou os inhames nativos das Américas. A cultura do inhame localizava-se em brejos. 

Já o seu avô, Cláudio Gratieri, verificou que a plantação era mais viável em terrenos secos e começou a plantar os inhames em áreas de meia encosta, dando continuidade ao melhoramento do inhame.

De lá para cá, Jandir logo percebeu que era um produto muito fértil e que tinha tendência a melhorar, por isso resolveu investir na produção.

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“Também sou pesquisador e melhorista do inhame no Brasil. Hoje, por meio desse melhoramento, desenvolvo um dos maiores produtos que a região possui e o corresponde a 70% da minha produção. Nós temos o maior banco genético de acesso a inhame do Brasil. O Espírito Santo é referência, não só nacional, mas internacional, na produção de inhame”, relatou.

Ainda segundo o produtor, o inhame de Alfredo Chaves possui IG: 

"A Indicação Geográfica foi a forma encontrada para tornar reconhecido o patrimônio mais importante dessa comunidade de Alfredo Chaves. O inhame é um símbolo para a nossa região e o nosso objetivo é agregar valor à agricultura familiar", ressaltou.

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