Economia

Comércio capixaba prevê alta de 10% a 20% na Black Friday

Para o presidente da Fecomércio-ES, o empresário capixaba está mais confiante para esse final de ano

Thaiz Blunck

Redação Folha Vitória
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A famosa Black Friday - data originada nos Estados Unidos - tem ganhado cada vez mais espaço no varejo brasileiro, inclusive no Espírito Santo. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), para a Black Friday deste ano é prevista uma alta entre 10% e 20% no comércio varejista capixaba em relação ao ano passado.

Marcada para acontecer na próxima sexta-feira (23), a megaliquidação é uma chance para os comerciantes estimularem as vendas e fechar o ano com desempenho positivo. Por outro lado, os consumidores aproveitam para comprar produtos com melhor preço, o que representa uma boa oportunidade de negócios para ambos

Para o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri, o empresário do comércio capixaba está mais confiante para esse final de ano e iniciativas como essa são relevantes para promover o consumo das famílias. “O setor está respondendo melhor em 2018, acumulando resultados positivos no ano na comparação com o ano passado. O mercado de trabalho formal também tem apresentado avanços no Estado, assim como o Índice de Intenção de Consumo, o que cria um ambiente de boas expectativas. A melhora, mesmo que ainda tímida, desses indicadores deverá contribuir para o crescimento das vendas em 2018”, afirma.

O diretor da Fecomércio, José Antônio Pupim, destaca que a expectativa dos comerciantes é a melhor. Segundo ele, lojistas e fornecedores já se mobilizam para as vendas e muitos, inclusive, começaram a campanha no início do mês. Sobre os descontos, o diretor destaca que os consumidores devem se surpreender. 

"Nossa expectativa é de uma alta em relação ao movimento do ano passado. Observamos muitos anúncios em redes sociais, principalmente, e a expectativa é que a gente tenha uma Black Friday melhor. Muitos lojistas e presidentes de sindicatos disseram que existe uma movimentação muito boa. Quanto aos descontos, existe uma variação muito grande porque nós estamos entrando em um período quente, então o setor do vestuário por exemplo, começa a liquidar tudo do verão. No ano passado, nós vimos um volume considerável de negócios no setor de eletrônicos e preços com descontos de 25% a 30%. Neste ano, os consumidores também terão muitos descontos e, com certeza, vão se surpreender", destacou. 

Geralmente, as categorias de eletrônicos, eletrodomésticos, telefonia celular e informática são as mais impactadas. Apesar da proximidade com o Natal, a mega promoção não representa grande ameaça para as vendas de dezembro já que é, majoritariamente, usada para compras de uso próprio e de produtos mais específicos. Mas, de forma geral, todos os segmentos acabam sendo influenciados pelo ambiente de descontos e consumidores podem optar por antecipar parte das compras do fim de ano.

O varejo aproveita a Black Friday para fazer a “queima” dos produtos que estão em estoque nas lojas e renovar para as festas de fim de ano. No Brasil, o pagamento do 13º salário é um dos propulsores da data que acontece em novembro.

Brasil
No Brasil, o comércio varejista deve movimentar R$ 3,27 bilhões em vendas durante as promoções da Black Friday neste ano, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

O mês de novembro para o varejo brasileiro, até 2010, era considerado fraco pelos varejistas. A partir da difusão da Black Friday, o mês que antecede o Natal passou a apresentar todos os anos, desde então, um pico de vendas, consolidando o "evento", que neste ano se dará na próxima sexta-feira.

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