Economia

Banco do Japão não deve introduzir taxa de depósito negativa, diz Kuroda

Redação Folha Vitória

Paris - O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse nesta segunda-feira que a instituição que comanda não precisa experimentar a adoção de uma taxa de depósito negativa para impulsionar os empréstimos. Segundo ele, isso não é necessário porque o grande programa de compra de ativos do banco central já levou os juros dos bônus de vencimento no curto prazo do governo do país para abaixo de zero.

Kuroda sugeriu que não era favorável a usar a política monetária para lidar com o que chamou de desequilíbrios fiscais. Segundo ele, é preciso haver supervisão fiscal dos bancos centrais e das autoridades financeiras, com a emissão de alertas, diretrizes e avisos para autoridades e também companhias do setor financeiro.

A autoridade comentou a chamada regra Volcker, de reforma na regulação financeira nos Estados Unidos, que segundo ele exige um monitoramento próximo. A fala sinaliza preocupações sobre como a reforma na regulação financeira dos EUA afetaria o restante do mundo. Durante seu discurso em Paris, Kuroda advertiu também para o risco de que regulações financeiras excessivas possam frear o crescimento econômico.

Kuroda disse ainda que não há "significativos desequilíbrios financeiros" nos mercados do Japão neste momento, o que indica que sente pouca pressão para recuar no agressivo programa de relaxamento monetário. O BoJ se compromete a comprar ativos em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes (US$ 649,60 bilhões), o que gera em alguns temores ante o risco da criação de bolhas financeiras. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pontos moeda