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Carnaval 2018: Veja tudo o que rolou no último dia de desfiles de São Paulo

As escolas X-9 Paulistana, Império de Casa Verde, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Dragões da Real e Unidos de Vila Maria levaram suas cores à avenida

O sambódromo do Anhembi recebeu, nesta madrugada de sábado (10) para domingo (11), os últimos desfiles do grupo especial do Carnaval de São Paulo. As escolas X-9 Paulistana, Império de Casa Verde, Mocidade Alegre, Vai-Vai, Gaviões da Fiel, Dragões da Real e Unidos de Vila Maria levaram suas cores à avenida e fecharam a folia com chave de ouro.

A X-9, da musa Juju Salimeni, entrou no Anhembi para falar sobre ditados populares, com o enredo "A voz do samba é a voz de Deus – depois da tempestade, vem a bonança". A agremiação abriu a noite de desfiles com 19 minutos de atraso e quase terminou com atraso. O último integrante cruzou o portão da dispersão faltando 10 segundos para o tempo acabar.

A Império de Casa Verde foi a segunda escola a desfilar e impressionou o público presente na Arena do Anhembi. Com fantasias e alegorias luxuosas, a agremiação apresentou o enredo "O povo, a nobreza real", que, inspirado na Revolução Francesa, falava sobre as "regalias" de uma parte da sociedade, e das lutas do povo contra as injustiças.

Foi com o enredo "A voz marrom que não deixa o samba morrer" que a Mocidade Alegre cruzou a avenida do Anhembi. O desfile foi uma homenagem da escola à cantora Alcione, que em 2018 completa 70 anos de idade, sendo 45 de carreira. A apresentação da Mocidade narrou a trajetória de Marrom no samba, desde que saiu do Maranhão até chegar no Rio de Janeiro.

Gilberto Gil foi o grande homenageado da Vai-Vai no Carnaval 2018. A escola desfilou no sambódromo do Anhembi narrando a trajetória do artista com o enredo "Sambar com fé eu vou!". Cada ala montada pela agremiação falava de uma música de Gil, como, por exemplo, Punk da Periferia e Se eu puder falar com Deus.

A Gaviões da Fiel entrou na avenida para contar a história de Guarulhos, a segunda cidade mais populosa do estado de São Paulo. O enredo Guarus – Na Aurora da Criação à Profecia falava da chegada dos índios guarus, tribo que se estabeleceu no Alto Tietê e deu origem à cidade. Com a numerosa marca de 3,2 mil componentes e a musa Sabrina Sato à frente da bateria, a Gaviões fez um desfile tecnicamente impecável e conseguiu completar o percurso dentro do tempo determinado pela Liga das Escolas de Samba de São Paulo.

A Dragões da Real foi a penúltima escola a desfilar e apresentou uma homenagem à música sertaneja. Com o enredo “Minha música, minha raiz! Abram a porteira para essa gente caipira e feliz”, a agremiação falou sobre a evolução do ritmo caipira, desde a origem até os dias de hoje. Com um berrante em mãos, o sertanejo Sérgio Reis desfilou no carro abre-alas da escola. Além dele, Roberta Miranda também participou do espetáculo como destaque em outro carro alegórico.

O desfile da Unidos de Vila Maria, última escola a passar pelo Anhembi, contou com um problemão logo no início: a primeira porta-bandeira da escola perdeu sua saia na avenida. Laís Moreira dançava com o mestre-sala quando a parte de baixo de sua roupa caiu. Ela chegou a ficar apenas de short. A equipe de apoio da escola tentou resolver a situação, mas Laís teve de terminar o desfile usando um tecido em volta do quadril.

Fora esse imprevisto, a Vila Maria concluiu a apresentação do carnavalesco Fran Sérgio sem sustos. O tema escolhido foi o México e toda a cultura do país, e o enredo "Aproveitam-se de minha nobreza, você não soube, não te contaram? Suspeitei desde o princípio! Não contavam com a minha astúcia! Arriba, bolãnos! Arriba, Vila! Arriba, México!".

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