Carnaval de vitória 2022

Entretenimento e Cultura

Chega Mais "bota o bloco na rua" e relembra origens do carnaval capixaba

Chega Mais busca o primeiro título e contou a história do carnaval popular com o enredo "Eu quero botar meu bloco na rua"

Foto: Pedro Permuy

Buscando o primeiro título, a Chega Mais foi a segunda escola de samba do Grupo A a se apresentar nesta sexta-feira (8). A agremiação entrou na avenida quando o cronômetro já marcava pouco mais de sete minutos. 

Além do atraso, a Chega Mais, que conta a história do carnaval popular com o enredo "Eu quero botar meu bloco na rua", inspirado na canção de Sérgio Sampaio, teve um outro empecilho ainda no começo do desfile.

Logo após passar pelo portão do Sambão do Povo, o primeiro carro alegórico travou. Além da força braçal do grupo de apoio, a escola também recebeu incentivo do público, que comemorou quando finalmente o carro saiu do lugar e voltou a desfilar pela avenida.

Apesar dos imprevistos, a Chega Mais empolgou o público com um samba de refrão "chiclete". A bateria, sob comando do mestre Jackson Luiz, deu um show à parte fazendo paradinhas ao longo do desfile em ritmo de funk. 

A escola também se destacou pela diversidade, incluindo pessoas com deficiência. Uma ala com crianças cadeirantes, por exemplo, encantou o público. O desfile chegou ao fim com duração de uma hora e oito minutos. Por conta disso, a escola poderá ser penalizada. 

Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Dyhego Salazar
Thaiz Blunck
Pedro Permuy
Pedro Permuy
Thaiz Blunck

A escola de samba do Morro do Quadro, em Vitória, relembrou as origens da festa com o Carnaval de Veneza, os blocos de rua e as origens do carnaval capixaba como o Bloco do Peru, de Castelo e os bois pintadinhos de Muqui.

Neste ano, o desfile em azul e branco da Chega Mais contou com 1000 componentes, três alegorias e dois tripés.

Samba-enredo

Vem cair nessa folia!
Chega junto, Chega Mais!
O meu estandarte é arte e cultura,
eu quero é botar meu bloco na rua.

Da alegria eu sou o ritual,
luz que irradia sou o Carnaval!
Nos salões, sou luxo e nobreza,
na Sapucaí, a realeza
que samba aos pés do Redentor.
A voz do morro me abraçou!
Gigante da festa mais linda,
sou frevo em Recife e Olinda.
Axé, nação Nagô,
crença e fé em Salvador.

De Xapuri a Vila Flor,
qualquer lugar aonde for,
um arrastão de amor e paz
e felicidade que não se desfaz.

Capixabando de norte a sul,
sou Bloco do Mé e do Peru.
De domingo a qualquer "feira",
Porca, Fubica e Caveira,
Boi Pintadinho de Muqui.
No banho de mar a fantasia,
Chapéu do Lado, Alegria, Alegria!
Nessa Afrokizomba,
as Virgens são iles, são eles, são elas,
com Ratazanas atrás do Cabeça de Queijo eu vou
Arrastando Papo no Regional.
No Pára Rai, outro amor de verão,
mas preste atenção:
se disser Não, é Não!

Ficha técnica

Cores: azul e branco
Presidente: Maria José Gegenheimer da Silva
Carnavalesco: Diogo Rocha
Intérprete: Leonardo Reis e Luiz Felipe
Mestre de Bateria: Jackson Luiz
Comissão de Frente: Mateus Schirffmaan
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Tais Oliveira e Max Dutra
Rainha de Bateria: Patrícia Cruz
Direção de Carnaval: Anclebio Junior
Direção de Harmonia: Luiz Felipe Costa
Componentes: 800
Carros Alegóricos: 3 carros e 1 tripé
Alas: 17

Leia também 

>> Chegou O Que Faltava "serve" pipoca, canjica, broa e bolo de fubá na avenida

>> Mergulhada na história de Atlântida, Independentes de São Torquato brilha no Sambão do Povo

>> "Sua luz traz proteção, é vida!": Mocidade da Praia homenageia o sol

>> Com enredo sobre a criação do mundo, Rosas de Ouro fala de capítulo da Bíblia: "Pecado virou eterno castigo"

>> "Preta sim! Na raça e na cor": Recortando o preconceito, Pega no Samba desmistifica origem da boneca Abayomi

>> Império de Fátima abraça identidades raciais com conto de amor entre quilombola e indígena


Pontos moeda