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Mahmundi lança seu 1º álbum recheado de sintetizadores e elementos eletrônicos

Redação Folha Vitória

São Paulo - Mahmundi, ou simplesmente Marcela Vale, de 29 anos, chega ao Mirante 9 de Julho, na Bela Vista, em São Paulo, trajando uma camiseta branca ligeiramente amassada. Um pouco atrasada para a entrevista, coloca uma blusa de lã de três cores para se proteger do frio que faz na gélida manhã de terça-feira. Habituada a altas temperaturas, a garota, que nasceu no Rio de Janeiro e mora há apenas 5 meses na capital paulista, ainda tem dificuldades para se locomover na cidade. "Caiu uma árvore na rua da minha casa. Tive de fazer outro caminho. São as surpresas da vida", diz ela, ainda assustada com a tempestade que devastou a metrópole no dia anterior à entrevista.

Surpresa

Essa talvez seja a palavra que melhor resuma a trajetória musical de Mahmundi. Ela, que acaba de lançar seu primeiro disco de estúdio, o homônimo Mahmundi, e se apresenta no próximo dia 5 de junho no próprio Mirante, onde conversou com a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, começou sua carreira no Circo Voador, no Rio.

Lá, enquanto trabalhava como técnica de som, conheceu dois produtores de peso: Liminha e Miranda (Carlos Eduardo Miranda, produtor e diretor do selo StereoMono, da Skol). Ambos passaram a dar orientações musicais para a garota que queria sair do backstage e ir para a frente dos palcos. "Foi uma escola, aprendi muita coisa. Mas pretendia gravar minhas músicas, fazer shows. Um belo dia pedi demissão. Ninguém acreditou quando isso aconteceu. Foi de um dia para o outro", lembra ela.

A artista fazia trabalho braçal, na maioria das vezes. Enrolava cabo, carregava caixas e montava palco. Justamente por isso, ouvia muitas críticas. "Alguns me diziam que aquilo era trabalho para homem. O maior preconceito, por incrível que pareça, vinha das próprias mulheres. Elas me questionavam se aquilo era coisa para uma garota fazer", revela. "Quem é o responsável pelo espetáculo?", perguntavam. Respondia em alto e bom som: "Eu, senhora. Por quê?", complementa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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