Esportes

Mães do ES aproveitam o esporte para estreitar laços com os filhos

Na era digital em que muitos preferem telas dos celulares e computadores, algumas mães ignoram esse fato e participam ativamente da vida esportiva dos filhos

Guerreira, heroína, espelho... Estes são apenas alguns dos adjetivos empregados às 'mamães do esporte'. Na era digital, em que muitos filhos preferem telas dos celulares e computadores,algumas mães mudam essa ideia ao usar o esporte para estreitar laços de amor e disciplina com seus filhos.

"Eu sou parte da vida dela e ela é toda minha história. Minha mãe é tudo!" Melissa Emanuelle Foto: Montagem/Folha Vitória

Na família de Scheila Da Vitoria, o esporte é o rapel, que já atravessa gerações. Ela é mãe da Melissa Emanuelle, praticante de rapel. Segundo Melissa, foi amor à primeira descida. Gostou tanto que passou a levar até o filho para assistir, o pequeno Lucas de 6 anos. "Nunca imaginei que minha mãe fosse praticar um esporte tão 'arriscado'. Certo dia ela chegou em casa dizendo que havia feito rapel e achei surpreendente. Foi então que ela me desafiou. Aceitei e não parei mais [risos]", lembra.

Melissa atribui o amor que tem pelo esporte à mãe. "Ela me mostrou que posso ir além, superar inclusive medos. Fazemos rapel juntas, existe entre nós um companheirismo muito intenso. Fico o tempo todo preocupada com ela e vice-versa. Mas ela sempre acaba surpreendendo por ir além", avalia.

Scheila acredita que de tanto gostar de rapel, acabou contagiando a filha. "Fico feliz em contribuir para a felicidade dela. O esporte nos une, praticar com ela é ainda melhor. Me sinto capaz e rejuvenescida. Para mim, a Melissa representa a vida, a continuação de mim no mundo", disse.

"Símbolo de heroína. Como em nossas vidas não tivemos nosso pai na figura de herói, ela assumiu esse papel com excelência. Ela é meu espelho!" Cláudia Monique Foto: Montagem/Folha Vitória ​

No caso da mamãe Claudia Santos, o esporte é elevado a um patamar muito sério. Isso porque ela é treinadora dos próprios filhos. A filha mais velha, Cláudia Monique conta que a família é unida no esporte através do handebol, participando, inclusive, de torneios a nível estadual e interestadual. "Ter a mamãe como treinadora é muito difícil, pois acabamos sendo exemplo de disciplina e dedicação aos outros atletas. Sempre está nos incentivando a dar o nosso melhor. Em nosso time, ela não é apenas minha mãe e de meus irmãos, acaba sendo de todos os atletas", fala.

Monique afirma que a influência da mãe no esporte foi fundamental. Ela diz que participava de um outro projeto de handebol, que infelizmente acabou. Sendo assim, muitos componentes ficaram com horas vagas, abrindo espaço para tomar escolhas erradas. "Alguns amigos se envolveram com tráfico de drogas, outros presos... Minha mãe iniciou o projeto São Pedro handebol, que acolhe todas as pessoas, independente da condição social. Isso nos deixa extremamente orgulhosos dela", disse. 

Feliz com o estreitamento familiar que o esporte proporciona à família, Claudia Santos revela que não é nada sem os filhos. "Estar participando da vida deles através de uma prática esportiva é maravilhoso. Desde 2010 temos o time de handebol, que participam cerca de 100 garotos e garotas. Cada vez que entro em quadra com eles me sinto como se fosse o meu primeiro jogo. É muito gratificante estar com meus filhos de coração e sangue a cada jogo", comenta Claudia Santos.

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