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Nos treinos, Willian ganha espaço na seleção brasileira

O treinador revelou que dará uma oportunidade ao jogador, resta saber se nesta terça-feira diante do Panamá, em Goiânia, ou contra a Sérvia, sexta, em São Paulo.

Teresópolis - Dois treinos foram suficientes para Willian convencer Felipão de que merece uma chance entre os titulares da seleção brasileira. Impressionado com o desempenho do meia do Chelsea na Granja Comary, o treinador revelou neste domingo que dará uma oportunidade ao jogador, resta saber se nesta terça-feira diante do Panamá, em Goiânia, ou contra a Sérvia, sexta, em São Paulo. Oscar é candidato a deixar o time.

"É uma boa e grande dor de cabeça, principalmente quando ele se movimenta como meia. Tem treinado muito bem. Ele (Willian) busca, organiza, sabe trabalhar a bola, joga curto. É um jogador que deve receber boas oportunidades", comentou Felipão, neste domingo, dez minutos após o encerramento do treino coletivo na Granja Comary.

Um dos últimos a apontar entre os eleitos do treinador, Willian não fez barulho nem reivindicou por meio da mídia ou de outro lobby um lugar na seleção. Mostrou no campo sua competência e chamou a atenção da comissão técnica, impressionada com a versatilidade para executar as funções de marcação, organização e chegada ao ataque.

Para se ter uma ideia do feito de Willian basta ver o estrago que ele provocou no sistema defensivo da seleção titular no treino deste domingo. Em dois lances no segundo tempo, derrubou a muralha erguida por David Luiz, Dante, Maicon, Luiz Gustavo e Hernanes até servir Hulk para marcar um gol de craque. Depois, ele mesmo, com ajuda de Hulk, fez outro belo gol para os reservas.

Depois desses dois gols, Felipão entrou em pânico, fungou forte, abriu o vozeirão contra os defensores e em poucos minutos encerrou o coletivo. Willian conquistava ali preciosos pontos.

O que fazer para encaixar Willian entre os seus eleitos no time titular? "Fizemos os testes (nos treinos) e vamos analisar se iremos dessa forma ou com outro jogador. Contra a Inglaterra (antes da Copa das Confederações), treinei na sexta com um time, no sábado não gostei e mudei. Quando eu não gosto, tenho de achar uma solução que eu fique satisfeito, colocar em campo e ver se dá resultado. Vou pensar sobre o assunto, conversar com Murtosa e com o Parreira. Se alguém gostou (do time titular)... eu não gostei", concluiu Felipão.

Era um sinal de que Willian pode sonhar com uma vaga. Se entrar no time, confirmará a fama de pular etapas para brilhar no futebol. Ele disputou apenas três amistosos (Honduras, Chile e África do Sul) sob o comando de Felipão e garantiu sua convocação para a Copa - havia participado de dois jogos na era Mano Menezes (Gabão e Egito). O Brasil venceu esses cinco jogos e Willian fez um gol.

Lá no início da carreira também deu um salto gigante. Formado no Corinthians, conquistou a Copa São Paulo de Futebol Júnior aos 16 anos e passou a ser figurinha carimbada nas seleções de base do Brasil. Aos 18 anos, virou titular corintiano e foi vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, por cerca de R$ 45 milhões em 2007.

No time ucraniano conquistou 13 títulos - o mais importante foi a Copa da Uefa em 2009. Passou cinco anos no Shakhtar Donetsk, disputou 221 jogos e fez 37 gols. Dali pulou para o Anzhi, da Rússia, mas seis meses depois foi negociado com o Chelsea por R$ 100 milhões, em janeiro de 2013.

Chegou no Chelsea de José Mourinho na condição de reserva. Em menos de seis meses, se meteu entre os titulares desbancado seu companheiro Oscar. Agora, a situação no clube inglês pode se repetir na seleção brasileira.

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