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Brasil deixa de ser coadjuvante no tênis de mesa: 'Melhor equipe que já tivemos'

Redação Folha Vitória

Rio -

Foi-se o tempo em que o Brasil ia à Olimpíada no tênis de mesa para ser coadjuvante. Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi e Cazuo Matsumoto acreditam que formam a melhor geração da história do País na modalidade e vão disputar os Jogos do Rio com uma meta ousada: a medalha.

Os três brasileiros convocados pelo técnico Jean-René Mounie treinam na Europa e defendem clubes do Velho Continente. Lá, passaram a jogar com regularidade contra os melhores do mundo, ganhando a confiança de que não precisam mais entrar na mesa como azarões.

"Eu acredito que é a equipe mais forte que o Brasil já teve", opinou Tsuboi, que está indo para a sua terceira Olimpíada. "Digo isso pelos resultados que a gente vem obtendo, vencendo jogadores renomados. Fui a Londres e Pequim, mas não tinha o nível técnico e psicológico que a gente tem hoje. O trabalho do René foi fantástico e a gente está colhendo esses frutos", completou.

Atualmente, Calderano é o 46.º do ranking mundial. Tsuboi é o 64.º, enquanto que Cazuo ocupa o 80.º lugar depois de ficar quase cinco meses afastado por lesão. Todos já foram Top 50. Como comparação, na última década de carreira internacional - de 2003 a 2013 -, Hoyama não foi nem mesmo Top 100.

Na Olimpíada, serão 16 equipes masculinas. O Brasil deu azar no sorteio e caiu contra a Coreia do Sul, terceira do ranking mundial. Os confrontos são no mesmo modelo da Copa Davis, com dois jogos de simples, um de duplas, e mais dois de simples se necessário. No ano passado, Tsuboi e Calderano fizeram final em duplas no Catar, em um dos principais torneios da temporada.

"A equipe é uma equipe bem homogênea. Acho que nós três estamos num bom momento. Não somos favoritos, mas temos potencial. Temos que ter um pouco de sorte no chaveamento, de não cruzar com as potências antes da semifinal. Potencial a gente tem", avaliou Tsuboi.

Com 20 anos completados em junho, Calderano chegará à Olimpíada como nono melhor sub-21 do mundo, mas a sensação de que pode ajudar o Brasil a chegar a um pódio que era impensável até três anos atrás. "É a melhor fase de todos os tempos. A chance é muito pequena contra a China, mas de resto, de todo mundo a gente já ganhou um jogo individual ou em dupla. Temos condição de vencer quase todo mundo".

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