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Creche é interditada por tempo indeterminado após surto de diarreia em Vila Velha

Exames laboratoriais apontaram presença de bactérias no chafariz da creche e em uma cervejaria que funcionava nos fundos do estabelecimento.

Foto: TV Vitória

A creche particular de Vila Velha, onde ocorreu um surto de diarreia, foi totalmente interditada por prazo indeterminado  nesta sexta-feira (29), depois que exames laboratoriais apontaram presença de bactérias no chafariz da creche e em uma cervejaria que funcionava nos fundos do estabelecimento.

Durante a coletiva, o secretário de saúde de Vila Velha, Jarbas Ribeiro de Assis Júnior, alegou que a causa do surto de diarreia na creche pode ter ligação com o chafariz do estabelecimento.

Os resultados dos exames saíram nesta sexta-feira (29) e apontaram mais de 200 mil colônias de coliformes fecais

Além do chafariz, a equipe de vigilância sanitária da Prefeitura de Vila Velha encontrou uma cervejaria nos fundos da creche. O material da cervejaria também foi submetido a exames laboratoriais, que apontaram crescimento da bactéria E. Coli, que pode desencadear o quadro de gastroenterite.

A secretaria de saúde de Vila Velha informou que as investigações continuam, mas a interdição do estabelecimento foi considerada necessária, em função da grande quantidade de bactérias encontradas. "Até então, a interdição era para diálogo com os proprietários. Agora, com esses problemas, a creche está interditada. Não é possível funcionar, enquanto não tivermos toda a segurança para essas crianças voltarem à escola", disse o secretário. 

Internações

De acordo com a prefeitura de Vila Velha, há 14 casos de diarreia em pessoas ligadas à creche. Desses casos,  10 são alunos e 4 são funcionários. 

Cervejaria

De acordo com a prefeitura, a cervejaria pertence ao mesmo proprietário da creche e funcionava nos fundos da propriedade. No local, foi encontrada a bactéria E. Coli, que pode desencadear quadros clínicos de gastroenterite. As crianças não tinham acesso à cervejaria, que fica separada do espaço da creche, por uma porta de aço. As investigações continuam e irão apontar se a bactéria tem relação com o surto.

Chafariz

No chafariz da creche, os exames apontaram para o crescimento de coliforme fecal, que é um grupo de bactérias no trato intestinal humano. Segundo o relatório da prefeitura, as crianças utilizavam o chafariz todas as terças e quintas-feiras. O chafariz funciona com um sistema de cisterna. Segundo o secretário, o sistema não apresentava 'bom estado'.

E de acordo com a coordenadora de epidemiologia de Vila Velha, Giovana Ramalho, as colônias de coliformes fecais não representam, inicialmente, ligação com o quadro de gastroenterite. Porém, a situação da cisterna chamou a atenção da prefeitura. 

As investigações sobre a origem do surto ainda estão em andamento.


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